A submersão do vivido no
esquecimento é uma experiência que nos acontece o tempo todo contra a
capacidade de lembrar. Não temos plena ou absoluta ciência da totalidade de
nossas vivências ao longo dos anos. Isso é humanamente impossível.
Estes silêncios pessoalmente
incomodam. Temos a necessidade de nos representar no tempo socialmente vivido , de saber
o devir através do filtro do nosso
pequeno e insignificante eu.
Não falo apenas da necessidade de ter um
passado, de rememorar. Falo, antes de
tudo, da necessidade de pertencer a uma história de vida, ser moldado por ela
na medida em que a tomamos como uma experiência singular que jamais será
experimentada por qualquer outra pessoa. Isso não passa de uma construção
subjetiva, mas é o modo como codificamos nossa individualidade, como a
convertemos em uma história de vida e
critério de distinção entre o eu e os outros.
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