segunda-feira, 1 de abril de 2013

SEM PERSPECTIVA

Embaralham-se destinos em minhas ausências e descaminhos, enquanto as opções possíveis se dissolvem sem rumo em um labirinto de fatos entre acasos, tempos e espaços.

Já não planejo ou penso qualquer amanhã. Não me preocupo com futuros, metas ou objetivos. Apenas me interessa permanecer vivo, apesar de todas as incertezas e insatisfações cotidianas.

Em outros termos: basta-me continuar avançando, sem vacilar, do nada ao nada, através do obscuro de cada dia vivido sem qualquer horizonte ou expectativa.

Afinal, já não tenho mais idade para chegar a qualquer lugar, semear sonhos ou esperanças.

Já sou suficientemente adulto para não buscar seguranças emocionais ou financeiras;  infantil demais para assumir compromissos ou o peso de obrigações.

Felicidade,  sei que não existe, e, caso existisse,  já não seria o bastante para findar meus desassossegos...

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