Considerada a sucessora natural da aclamada serie FAMILIA SOPRANO, MAD MEN é mais do que uma releitura acida do cenário sociocultural da New York do inicio dos anos 60. Como sugerido pelo seu subtítulo, “Inventando a verdade”, trata-se antes de tudo de uma sutil alegoria do novo status da cultura em uma sociedade pós industrial através do universo da propaganda e de seus profissionais em uma época em que a novidade estava na pauta do dia.
Em seu surpreendente GUIA NÂO OFICIAL DE MADMEN, OS REIS DA MADISON AVENUE Jesse McLean nos oferece algumas chaves interessantes para uma leitura mais profunda deste drama televisivo que dá sentido a celebre frase de Gregory House “Menos leitura e mais televisão”.
Pensando na estrada até agora ( referencia gratuita a SUPERNATURAL) segue um pequeno fragmento da obra aqui citada:
À ESTRADA PERCORRIDA E A ESTRADA POR VIR
“Mathew Weiner atravessou uma longa e sinuosa estrada até alcançar o sucesso com seu projeto de estimação. Através do prisma das aventuras do independente e solitário Don Draper no mundo da publicidade dos anos 1960 em Nova York, o roteirista permite à audiência enxergar as várias facetas da cultura norte americana,que vivenciou uma transformação devastadora naquela época em excitante, das politicas de gênero e primeiras fendas no chamado “teto de vidro” à politica presidencial durante as campanhas Kennedy e Nixon. Nessa mesma época, a psicanálise era aceita pelo grande público e o movimento pelos direitos civis alterava as noções de raa de modo revolucionário. Além disso, uma crescente consciência social mudou o papel da juventude americana na sociedade, e a própria publicidade passou por uma alteração cataclísmica, assim como a cultura como um todo.
Mad Men fornece um coquetel espumante de roteiros formidáveis, com figurino e cenografia inebriantes, polvilhando com uma doce ironia que ajuda a compreender tanto o passado distante quanto o mundo atual.”
Jesse McLean. O guia não oficial de Mad men, tradução de Patricia Azevedo, RJ: BestSeller, 2011, p.25
Como sugere aqui a autora, mais do que um exercício de imaginação “histórica” a série em questão nos permite pensar o tempo presente, igualmente marcado por transformações e angustias novas sem qualquer precedente passado....
Definitivamente é hora de assistir mais TV....
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