Depois de certa idade o tempo parece se encolher e o leque de possibilidades que definem o acontecer biográfico estreita seu ângulo. É justamente quando descobrimos o que nos é definitivo e essencial nas paisagens da existência, quando confrontamos nossa persona no espelho torto do mundo e nos tornamos nos fazemos a nossa própria imagem e semelhança sobre as ruinas dos anos passados e vividos.
É também quando abandonamos, mesmo que relutantes, nossa irracional necessidade de segurança e referencias confrontados com o indiferente fluxo cego do existir humano em sua dimensão impessoal /biológica e aprendemos que tudo a nossa volta é surpreendentemente inconstante e volúvel...
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