Desde Galilleu, Newton e Descartes a epistemologia moderna sustentou-se sobre a premissa de uma realidade objetiva, na correspondência direta entre as palavras e as coisas em matemática formula linguistica, ou na frágil e utópica tese de ujma verdade em si mesma oculta passível de desvelamento embora independente das codificações humanas do real.
Foi apenas ao longo do ultimo século que o intelecto, através da fenomenologia, da filosofia da linguagem, do existencialismo e do relativismo filosófico começou a desconstruir este positivismo racionalista recusando a falácia pós religiosa de um conhecimento objetivo das coisas, reduzindo a realidade a uma invenção humana.
Em outros termos, hoje já é possível transcender os fundamentos epistemológicos da modernidade formulando múltiplas gramáticas do real que já não pressupõe a verdade em seu sentido tradicional.
A objetividade da realidade não é mais um dogma universal
Um comentário:
Nos meus garimpos de boa leitura, encontrei a Revista Filosofia número 58. Nela, em muitos artigos, encontrei Bauman e a sua teoria da vida líquida... E um texto interessante falando sobre "O Mundo em que vivemos...". Entre Kant, Searle, Stein, Hume, reencontrei(já que havia esquecido) a fala de Berkley, substituindo o cartesaino "Penso, logo existo", pelo "ser é ser percebido". Ficamos por aqui, meu caro amigo, nos espelhando no olhar do outro. Se quem me vê é mediocre, me transformo em uma pessoa mediocre. Mas, se quem me vê espera de mim tudo aquilo que posso dar, me transformo numa pessoa de mil possibilidades, de mil olhares... E a filosofia segue por aqui, nos fazendo refletir, pensar mais e melhor sobre todas as coisas. Das efêmeras à... E seguimos....
Postar um comentário