sexta-feira, 4 de março de 2011

DELIRIO ATEMPORAL

Houve um tempo



Em que eu sonhava


Com claras manhãs


De tédio e infinito,


Onde infâncias


Brincavam de roda


No lado avesso do céu.


E a vida era


Então


Mais simples


Do que o sem rosto


De qualquer palavra.


Houve um tempo


Em que


Eu quase não enxergava o mundo,


O absurdo passar de todas as coisas...

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