“A nova concepção de mundo.- O mundo subsiste; não é nada que vem a ser, nada que perece. Ou antes: vem a ser, perece, mas nunca começou a vir a ser e nunca cessou de perecer, - conserva-se em ambos... Vive de si próprio: seus excrementos são seu alimento.
A hipótese de um mundo criado não deve afligir-nos nem por um instante. O conceito “criar” é hoje perfeitamente indefinível, inexeqüível , meramente uma palavra ainda, rudimentar, dos tempos da superstição; com uma palavra não se explica nada. A ultima tentativa de conceber um mundo que começa foi feita recentemente, várias vezes, com o auxilio de uma procedura lógica- na maioria das vezes, como é de adivinhar, com uma segunda intenção teológica.”
F. Nietzsche. O Eterno Retorno. A VONTADE DE POTENCIA, TEXTOS DE 1884-1888; in Obras Incompletas, seleção de textos de Gerard Lebrun; tradução e notas de Rubens Rodrigues Torres Filho; 5 ed. SP: Nova Cultural, 1991- ( Coleção Os Pensadores); p. 176.
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