quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

A UMA JANELA...

Uma fantasia
Me puxou a pouco
Pelo braço
Convidando a um passeio,
A um devaneio,
Pela paisagem
Urbana e anônima.

Por algum tempo
Esqueci o dia,
As calçadas,
Semáforos, pessoas
E lojas.

Concentrei-me
No segredo de uma silenciosa janela,
Daquela pequena abertura
Ao outro mundo de um prédio perdido
No infinito do dia presente.

A janela, entretanto,
Oferecia – me apenas questões
E realidades entre abertas
Na desconstrução de respostas
e portas.

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