O despreendimento da consciência exigido pelos rápidos e nervosos ritmos da existência contemporânea e seu ethos pragmático/ utilitário nos leva a questionar se ainda podemos nos dar ao luxo de sermos “sentimentais”, subjetivos, em nossas escolhas e experiências de um mundo que, de muitas maneiras, tornou-se ilegível aos teleológicos significados religiosos e morais tradicionalmente atribuídos a vida e a existência.
A realidade afigura-se agora para nós como um complexo emaranhado de abstrações e linguagens com o qual interagimos mais pela superficialidade de nossos sentidos e sensações imediatas do que pelas acrobacias do espírito.
O mundo não mais “significa”, nossas certezas esfarelam-se como as identidades coletivas e culturais que até à pouco definiam a experiência societária. A troca entre os homens é agora mediada pelo difuso sentimento de um estranhamento continuo entre indivíduos dispersos em sua própria pluralidade e privacidade. Este estar entregue e preso a si mesmo mais do que ao mundo e as pessoas, ter que aprender a lidar com sua complexa realidade interna, talvez seja um dos mais significativos desafios ou questões deste inicio de milênio.
A realidade afigura-se agora para nós como um complexo emaranhado de abstrações e linguagens com o qual interagimos mais pela superficialidade de nossos sentidos e sensações imediatas do que pelas acrobacias do espírito.
O mundo não mais “significa”, nossas certezas esfarelam-se como as identidades coletivas e culturais que até à pouco definiam a experiência societária. A troca entre os homens é agora mediada pelo difuso sentimento de um estranhamento continuo entre indivíduos dispersos em sua própria pluralidade e privacidade. Este estar entregue e preso a si mesmo mais do que ao mundo e as pessoas, ter que aprender a lidar com sua complexa realidade interna, talvez seja um dos mais significativos desafios ou questões deste inicio de milênio.
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