sábado, 3 de maio de 2008

LABIRINTOS URBANOS


Nas vias abertas
em negro de asfalto,
entre indiferentes colunas
de prédios e silêncios,
descobri a cidade
em preto e branco
no chuvoso dia
sem data de um outono.
Em tudo que me dizia
O espaço
Sentia apenas o afago
De algum desejo impreciso,
De algum medo sereno
Ou busca escondida...
No urbano labirinto
A guardava surpresas e acasos;
O milagre de um rosto
Novo e antigo
Perdido na multidão que ignoro.

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