sexta-feira, 30 de maio de 2008

DESALENTO

O orvalho de outono
Me dize a essência
De todo esquecimento.

O amanhã que eu esperava
desapareceu
No cristalino vazio
D um sonho abortado.

Tudo é preguiça
Na quietude que cobre
O corpo da cidade
Com as cores mornas
De um abstrato abandono.

Já não é cedo
Ou tarde...
Apenas não há tempo
No absoluto da madrugada.
Mas gosto do abraço do frio.




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