sexta-feira, 21 de março de 2008

IMAGENS DE INFÂNCIA OU ALEM DO FREUDISMO



Quando me recordo dos dias distantes e perdidos da infância, ao lado da memória de pessoas, coisas e lugares, guardo viva a experiência da ocorrência até aproximadamente os dez anos de mágicos pesadelos sem qualquer referência com a vida real e concreta, cheios de paisagens e criaturas fantásticas. Revelações, me parece hoje, de um universo irracional do qual hoje restam apenas fragmentos, mas que , de algum modo, codificaram o sabor vivo do mundo do meu ser criança.
Há uma dimensão do acontecer da infância que nada possui de pessoal, que é puro encantamento e sonho diurno. Todo aprendizado de mundo e formação ou construção egóica torna-se alienação de si mesmo quando a pensamos como uma dimensão inalienável da experiência humana. A vida instintiva e simbólica pressupõe afinal uma parcela inalienável da condição humana. Como a vivenciamos faz muita diferença...

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