segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A OBSCURA CERTEZA DO PARADOXO DA DUVIDA


A incerteza como princípio
Das probabilidades de desdobramento
De qualquer ato ou fato vivido
Desfaz qualquer tola fantasia
Sobre minha condição de sujeito
Ou demiurgo
De minha singular existência vivida...
Nada espero do pouco
Do meu dia a dia,
Dos meus íntimos inacabamentos
E abstratas ruínas do sem tempo...
Don’t look away...

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

11 de setembro, cultura ocidental e pós modernidade



11 de setembro tornou-se, em seu máximo sentido,  uma data pós moderna... Afinal, não se trata, propriamente, de um marco histórico tradicional, de uma invenção social a partir da experiência dos atentados terroristas em New York.
 Trata-se, acima de tudo, de um simbolo das transformações contemporâneas da cultura ocidental que, transcendendo qualquer sentimento e compartilhamento de mundo, converteu-se em alegoria que diz o inatingível, a fluidez , o medo e o princípio de incerteza e vazio das  buscas de meta referenciais do nosso vivido  acontecer de tempos de  pós sociedade...   

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

[TED pt_BR] Stephen Hawking: Grandes questões sobre o Universo (parte 1/2)

The Beatles - "Happiness Is A Warm Gun" (Anthology Version)

STEPHEN HAWKING: UMA NOVA HISTÓRIA DO TEMPO( A Briefer History of Time)



Lançado originalmente em 2005, “Uma Nova História do Tempo” ( A Briefer History of Time) by Stephen Hawking, com a colaboração de Leonard Mlodinow, professor de Física  no Instituto de Tecnologia da Califórnia, é uma leitura obrigatória  para todos aqueles que, independente de sua formação, são inspirados pelo pensamento critico  e interessados pelos desafios e buscas  que definem o desenvolvimento do saber cientifico contemporâneo.
Considero o livro em referência como sendo algo mais do que uma mera atualização do Best seller  “Uma breve História do Tempo” de 1988, que tornou seu autor mundialmente conhecido como uma das mais respeitáveis autoridades científicas de nosso tempo.
Trata-se, na verdade, de uma releitura do livro original mais do que propriamente de uma mera atualização, o que reflete o dinamismo da reflexão desenvolvida pelo autor que, mais do que restrito ao esforço de divulgação do saber cientifico, parece inspirado pelo ambicioso projeto de  construção de uma imagem cientifica do mundo e do universo que não fique  restrita a meia dúzia de  especialistas, em generosa aposta nas potencialidades do intelecto humano.
Em seu novo livro “The Great Design”, ainda inédito, tal esforço parece ter alcançado as ultimas conseqüências, ao sustentar a tese da criação espontânea do universo, descartando, assim,  a metafísica premissa ou hipotese de um deus criador como princípio de tudo.
Em “Uma nova História do Tempo”, entretanto, predomina ainda certo dialogo complacente com as representações de mundo inspiradas pela religiosidade, o que absolutamente não diminui o valor da obra que tem por horizonte, como todo trabalho deste autor, um objetivo claro que, em suas próprias palavras, assim, se define:            
“Uma teoria unificada completa, coerente, é somente o primeiro passo: nossa meta é uma compreensão total dos eventos que nos cercam e de nossa própria existência”
(S.W  Hawking e Leonard Mlodinow. Uma nova História do Tempo/ tradução de Vera de Paula Assis, RJ: Ediouro, 2005, p. 140 )
Parece-me pertinente reproduzir aqui, mesmo que parcialmente, um inspirador fragmento da brochura em referência :
“DESCOBRIMOS QUE ESTAMOS NUM MUNDO SELVAGEM. Queremos dar um sentido aquilo que vemos à nossa volta e perguntamos: Qual é a natureza do universo? Qual nosso lugar nele e de onde ele e nós viemos? Por que ele é da maneira que é?
Para tentar responder a estas perguntas, adotamos alguma representação do mundo. Assim como uma torre infinita de tartarugas que sustentam a Terra plana é uma representação desse tipo, também o é a teoria das supercordas. Ambas são teorias do universo, embora a última seja bem mais matemática e precisa que a primeira. Faltam evidências observacionais às duas teorias: ninguém nunca viu uma tartaruga gigante com a Terra no dorso, mas, por outro lado, ninguém nunca viu também uma supercorda. Entretanto, a teoria da tartaruga não é uma boa tória científica porque prevê que as pessoas deveriam conseguir cair na borda do mundo. Descobriu-se que isto não está de acordo com a experiência, a menos que se revele ser a explicação das pessoas que teriam supostamente desaparecido no Triângulo das Bermudas!
(...)
De fato, redefinimos a tarefa da ciência como a descoberta das leis que nos permitirão prever eventos até os limites determinados pelo principio da incerteza. Resta, contudo, a pergunta: como ou por que foram escolhidas as leis e o estado inicial do universo?
Este livro deu um destaque especial às leis que governam a gravidade, porque é a gravidade que molda a estrutura em larga escala do universo, mesmo sendo a mais fraca das quatro categorias de forças. As leis da gravidade eram incompatíveis com a concepção, defendida até bem recentemente, de que o universo é imutável no tempo: o fato de que a gravidade ser sempre atrativa implica que  o universo deve estar ou em expansão ou em contração. De acordo com a teoria da relatividade geral, deve ter existido um estado de densidade infinita no passado, o big bang (a grande explosão), que teria sido um inicio efetivo do tempo. Da mesma forma, se o universo inteiro entrou em colapso, deverá existir um outro estado de densidade infinita no futuro, o big crunch ( a grande implosão), que seria o fim do tempo. Mesmo que o universo inteiro não tenhja colapsado, existiriam singularidades em quaisquer regiões localizadas que entraram em colapso para formar buracos negros. Estas singularidades seriam um fim do tempo para qualquer um que caísse no buraco negro.  No big bang e em outras singularidades, todas as leis teriam desmoronado e, portanto deus ainda teria  total liberdade para escolher o que aconteceu e como o universo começou.
Quando combinamos a mecânica quântica com a relatividade geral, parece existir uma nova possibilidade que não surgiu antes: que, juntos, o espaço e o tempo poderiam formar um espaço finito quadrimensional sem singularidades nem contornos, como a superfície da Terra, mas com mais dimensões. Parece que esta idéia poderia explicar muitas das características observadas no universo, tais como sua uniformidade em larga escala e explicar também os desvios de homogeneidade em pequena escala, inclusive galáxias, estrelas e até seres humanos. Mas se o universo for inteiramente alto contido, sem singularidades nem limites, e inteiramente descrito por uma teoria unificada, isto terá implicações profundas para o papel de Deus como criador.”    
(S.W  Hawking e Leonard Mlodinow. Uma nova História do Tempo/ tradução de Vera de Paula Assis, RJ: Ediouro, 2005, p.  141 et seq. )

IS IT MY HEAD?


Tudo aquilo
Que me é intimo e próximo
Existe intensamente
Como imagem de pensamento
Que sem razão
Aperta-me o peito
Em devaneios...
Então, por favor,
Todas as coisas
Que sinto agora
No mais abstrato
E  indeterminado de mim mesmo,
Deixem –me vazio,
Mesmo que por um instante,
Para que eu possa
Respirar por um segundo
O vento frio dos meus futuros.

domingo, 5 de setembro de 2010

NECESSIDADE E EXISTÊNCIA OU VARIAÇÕES LIVRES SOBRE AS DORES DO MUNDO

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Imerso em minhas necessidades, percorro vazio a existência nos labirintos do tempo, não busco saídas, apenas caminhos e destinos que de antemão sei que não me conduzem a qualquer nomeada.
Qual sentido, afinal, poderia ter tudo aquilo que me acontece, os tantos rostos espalhados no espelho do mundo cotidianamente vivido ?
Apenas o acaso me diz a soma do acontecer das coisas, o querer que me queima no se fazer  dos destinos que me rasgam violentamente  eus e  pensamentos no simples ocorrer da existência...

A vida de cada homem, vista de longe e de alto, no seu conjunto e nas fases mais sa­lientes, apresenta-nos sempre um espetá­culo trágico; mas se a analisarmos nas suas minúcias, tem o caráter de uma comédia o decurso e o tormento do dia, a incessante inquietação do momento, os desejos e os receios da semana, as desgraças de cada hora, sob a ação do acaso que procura sempre mistificar-nos, são outras tantas ce­nas de comédia. Mas as aspirações iludidas, os esforços baldados, as esperanças que o destino esmaga implacavelmente, os erros funestos da vida inteira, com os sofrimentos que se acumulam e a morte no último ato, eis a eterna tragédia. Parece que o destino quis juntar a irrisão ao desespero da nossa existência, quando encheu a nossa vida com todos os infortúnios da tragédia, sem que possamos sequer sustentar a dignidade das personagens trágicas. Longe disso, na ampla particularidade da vida, representa­mos inevitavelmente o mesquinho papel de cômicos.
É verdadeiramente incrível como a existência da maior parte dos homens é insignificante e destituída de interesse vista exteriormente, e como é surda e obscura sentida interiormente. Consta apenas de tormentos, aspirações impossíveis, é o andar cambaleante de um homem que sonha através as quatro épocas da vida até à morte, com um cortejo de pensamentos triviais. Os homens assemelham-se relógios a que se dá corda e trabalham sem saber por que; e sempre que vem um homem a este mundo, o relógio da vida humana recebe corda de novo para repetir mais uma vez o velho e gasto estribilho da eterna caixa de música, frase por frase, compasso por compasso, com variações quase insensíveis.
Cada indivíduo, cada rosto humano e cada existência humana são um sonho, um sonho efêmero do espírito infinito da natu­reza, da vontade de viver persistente e tei­mosa, são uma imagem fugitiva que dese­nha na página infinita do espaço e do tem­po, que deixa subsistir alguns instantes de uma rapidez vertiginosa, e que logo apaga para dar lugar a outras. Contudo, e é esse o lado da vida que faz pensar e refletir, urge que a vontade de viver, violenta e impetuo­sa, pague cada uma dessas imagens fugiti­vas, cada uma dessas fantasias vãs ao preço de dores profundas e sem número, e de uma morte amarga por muito tempo temida e que afinal chega. Eis por que o aspecto de um cadáver nos torna subitamente sérios.
In As  Dores do Mundo by Arthur schopenhauer

RED LIFE


Tenho o inatingível
Preso ao rosto
E selvagens vontades
Apertadas no peito.
Por isso
Sonho mais alto
Que o céu,
Busco em cada
Frio e escuro buraco
De existência
O mais intenso sentimento
De mim mesmo.
Pouco importa o vazio do mundo
Ou o silêncio das coisas...

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

REAL LOVE

O AMOR É COMO UM SONHO QUE NOS DEFINE NO ACONTECER DE NÓS MESMOS ALÉM DO PRAGMÁTICO SONO DE ESTAR EM MUNDO NA MÁXIMA E INCERTA REALIZAÇÃO DE SOCIABILIDADES...
O AMOR É MAIS DO QUE UM CONCEITO VAZIO RELIGIOSO...
É CONCRETO ACONTECER DE CORPO E ALMA... 
http://www.youtube.com/watch?v=BOag7nwW5Wk
LOVE IT'S REAL... MORE....http://www.youtube.com/watch?v=tt3mOimgyc8