sábado, 15 de agosto de 2009

DES-REALIDADE

Procuro olhar
Para fora da minha vida,
Sorver o mundo
Que se desfaz e refaz
Apesar de mim
Até provar a embriaguez
Da existência
E o impessoal que define
Todas as coisas possíveis.

Aprendo que nada é perfeito
Ou verdadeiro
Que tudo passa
Ao sabor do acaso
Vestindo silêncios
E infinitos...

terça-feira, 11 de agosto de 2009

THE BEATLES:ABBEY ROAD FOREVER!

Neste mês de agosto, ou mais especificamente no último sábado, o álbum dos Beatles Abbey Road compretou 40 anos. Ainda hoje ele é uma das peças musicais mais vendidas da discografia das banda, gozando de uma admirável atração e fascineo que transcende o tempo e se realiza no absoluto da mais perfeita mitologia desta ontologica banda de profundamente autêntico rock and roll.
Abbey Road apresenta os Beatles em um de seus melhores momentos da fase psicodélica e em plena maturidade musical. Afinal, fazem parte deste antológico album, lançado em 26 de setembro de 1969 e, de acordo com a revista musical "Rolling Stone", um dos 14 melhores discos de todos os tempos, canções como "Come Together", "Here Comes The Sun" e sumertime.
Mais o álbum tornou-se clássico também pela singularidade de sua foto de capa, sem o nome da banda e com uma imagem singularmente fascinante... onde John, Ringo, Paul e George cruzando em fila indiana uma faixa de pedestres, em uma rua iluminada onde se destaca um Fusca branco estacionado à esquerda.Cabe observar que o fusca branco, de propriedade de um vizinho de Abbey Road, teve a placa (de número "28IF") roubada várias vezes após o lançamento do disco. Claro testemunha de seu apelo mitológico e mágico sob o imaginário da época.Em poucas palavras, viver a experiência mágica do álbum vale mais a pena que qualquer definição ou definição de sua simbologia... Em sua contemporaneidade reside sua viva hitoricidade como reinvenção do passado através do atemporal de significados...

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

2009: ANO INTERNACIONAL DA ASTRONOMIA


A etimologia da palavra astronomia remete a língua grega (άστρο + νόμος) e quer dizer literalmente “lei das estrelas”. Contemporaneamente esta ciencia, que viveu uma longa e complexa evolução ao longo dos séculos, nos lança em um espaço cognitivo onde dialogam agora as linguagens da fisica teórica, da matematica, da biologia e da filosofia do tempo presente, em um esforço de reflexão em torno dos limites, metamoforses e transcendências da condição humana.
Infelizmente subordinada a linguagem do poder politico institucional ao longo da segunda metade do século XX, nenhum outro saber nos oferece desafios e aventuras reflexivas sobre nosso lugar, ou não lugar, diante da compolexidade de um universo onde o fenômeno humano quase nada significa e nossa razão convencional é desafiada a aceitação da racionalidade do absurdo...
Em termos imediatos, tal divagação tem por objetivo lembrar que a ONU consagrou 2009 como o ano internacional da astronomia... Fascinante ciencia cujas possibilidades de desenvolvimento e avanço são cada vez mais subordinadas a uma injusta dependência de investimentos estatais e a subordinação mediodre a arbitrariedade de politicas públicas que nem sempre consideram o que de melhor essa configuração cognitiva pode oferecer... Uma amostra disso é o desenvolvimento de programas espaciais nacionais que sãococebidos a serviço da pueril vaidade de nações e governos...
Importante citar diante do fato que a astronomia pressupõe diversos campos de pesquisa sustentados por pesquisadores autônomos que, “audaciosamente indo onde nenhum home jamais esteve” (rs), inventam novas linguagens de realidade em quase meta humana certeza de mundo...

SITE RELACIONADO: www.sab-astro.org.br/

www.astronomia2009.org.br/

http://cosmicdiary.org/blogs/alberto_krone_martins/?p=150

ZERO


O sem nome de um fato
Deixou-me vazio,
Quase inexistente,
No acontecer das coisas
Em devir;
Como se não fosse realidade
Tudo o que foi imprudentemente
Vivido
Nas últimas horas,
Como se o dia
Abandonasse o tempo
Na definitiva desconstrução
Das minhas mínimas certezas...

Mas a vida acorda

em um texto de cores vivas

de puras e cruas imanencias...

sábado, 8 de agosto de 2009

DEVIR E TEMPO PRESENTE

Dentro do finito
De um dia,
Quantas infinitudes
De possibilidades,
Quantos possíveis desdobramentos
De mim mesmo...
Mas tudo acontece
Mínima e permanentemente
No ilusório fato consumado
Do que me tornei
Em aventuras de aqui e agora.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Meat Free Monday II

A campanha de Paul McCartney não nos oferece ou impõe a adesão a principios naturebas...Apenas sugere um dia de semana sem carne em ludico acontecer de metamoforse à toa de hábitos e existência. Nada mais lúdico e radicalmente profundo no acaso dos atos...

Meat Free Monday




"Temos de nos preocupar com a mudança climática porque, caso contrário, vamos deixar nossos filhos e os filhos deles em uma situação muito complicada."
Paul McCartney ao jornal britânico The Independent.

No último dia 15/6 Sir Paul McCartney, Mary e Stella McCartney, iniciaram no Reino Unido, ao lado de outras celebridades e artistas como Yoko Ono, Kevin Spacey e Woody Harrelson e Chris Martin, vocalista da banda Coldplay, uma curiosa campanha para combater os efeitos das mudanças climáticas sobre o planeta definida pelo seguinte slogan: Meat Free Monday “Segunda Feira sem carne”.Cabe esclarecer que a campanha é uma reação a um relatório da FAO/ Organização das Nações Unidas (ONU) que alerta para o fato de que a produção de carnes para o consumo humano é responsável pela imissão de 18% dos gases responsáveis pelo efeito estufa, superando assim o setor de transportes. No site oficial da campanha há informações mais detalhadas sobre o assunto: http://www.supportmfm.org/.
A iniciativa de Paul é realmente louvável, e traduz o quanto no mundo contemporaneo as linguagens sociais estão se transformando e reformatando o modo como as pessoas se mobilizam e expressam coletivamente pensamentos, causas ou idéias a partir da experiencia cotidiana.
As transformações da esfera pública passam agora por uma desconstrução da cultura politica da modernidade e pela experiência ludica de “temas alternativos” que de um modo profundo transformam o cotidiano a partir de uma reinvenção de nosso modo de viver e sentir o imediatamente dado de cada dia...
Seguem alguns links relacionados:

AUTO ESQUECIMENTO


Mal sei o rosto
Que compreendo no espelho
Como a face que me define
E me faz perdido
No olhar dos outros.

Estou longe de mim mesmo
A buscar propósitos
E futuros que me devoram
E realizam,
Estou a alguns segundos
De me esquecer
Nas necessárias fantasias
De viver a vida
Em indiferente cotidiano...

HAPPY DAY


Em alguma parte da vida,
No azul de algum dia,
Sei que me aguardam
EXISTÊNCIAS
Com o sabor de jardins,
Alguma alegria a toa
De tempo e mundo
Que me conduzirá
A simplicidade
De estar vivo nos labirintos
Do aqui e agora
Sem peso de significados vagos
De permanências e tempo...

domingo, 2 de agosto de 2009

O DEUS ESCORPIÃO by WILLIAM GOLDING


O Deus Escorpião (1971) reúne três novelas do consagrado escritor britânico William Golding, também autor do clássico O Senhor das Moscas, uma dos mais prestigiados romances da literatura inglesa. Trata-se das seguintes novelas: O Deus escorpião, que dá nome a coletânea, Clonk, Clonk e O Emisário Extraordinário, este ultimo escrito em 1956. As três narrativas, ambientadas na Roma e no Egito antigo, pelo seu abstrato caráter fantástico, podem despertar certa perplexidade no leitor mais desavisado e não habituado com as experiências de vanguarda do modernismo. Afinal, trata-se aqui de esboços literários formatados por uma desvairada e insólita aventura imaginativa e imagética que rompe com a narrativa convencional. Sua leitura é quase ilegível exige do leitor certo esforço cognitivo para preencher seus vazios e nuanças.
Podemos considerar esta obra uma tripartida variação sobre um mesmo tema: o imaginário do poder e sua elementar e absurda codificação da vida coletiva, ambientadas em uma antiguidade imaginária onde despontam Estados dinásticos e estratificados... Cabe observar que o Egito antigo fascinava o autor que demonstra aqui o quanto merece o titulo de “antropólogo da imaginação”.
Pela ousadia formal e estética destas narrativas, profundamente satíricas em sua critica alegórica a modernidade, tendo a classificá-las, não sem polemicas, como Pós modernas.