O passado é a realidade transfigurada em sonho através da ficção da memória. É o que nos situa no tempo e espaço do agora, estruturando nossa existência.
Mas o que é a existência além de um fluxo descontínuo de experiências impessoais através das quais o mundo se apresenta e se re-apresenta como íntimo enígma?
O passado é o ausente em relação ao qual nos reconhecemos como parte de qualquer totalidade cindida. Como Ulisses experimentamos o desconhecido como nostalgia da origem. Mas, ao contrario do guerreiro mitico, jamais regressaremos a Ítaca.