Tenho errado em viver de acordo unicamente com minha
consciência.
Pouco me importam os modismos, as ideologias, valores
hegemônicos ou, simplesmente, como sou visto pelos outros.
Não me curvo ao olhar do outro, as necessidades corriqueiras
do traquejo social.
Não perco meu tempo cultivando boa aparência ou opiniões de
maioria.
Tenho o defeito de ser franco, demasiadamente franco.
Estou preocupado com meus monólogos e nada espero dos diálogos
que estabeleço com quem quer que seja. Entre eu e o outro sempre haverá um
abstrato e fatal abismo.
Preocupo-me apenas, portanto, em manter um precário e difícil equilíbrio entre
as múltiplas tendências e possibilidades do somatório de tudo aquilo que sou.