sábado, 9 de fevereiro de 2013

O VAZIO DAS HORAS



As horas agora
Duram mais
Do que os dias,
Afogam o tempo
Vazias
E escritas na vida
Como paginas brancas.
As horas agora
Quebram  relógios,
Envelhecem atos
E rasgam agendas
E calendários.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

OS LIMITES DO SIGNIFICADO

O mundo de fatos que nos é proporcionado pela experiência das coisas é também um campo aberto de possibilidades.Algo que Racionalidade alguma é capaz de satisfatoriamente domesticar.Pois entre o definido dos fatos e o virtual das possibilidades existe o ilegível do caos e do aleatório, o selvagem território do incondicionado, que transcende nossas codificações do real. Pertinente esclarecer que tal incondicionado não possui qualquer conteúdo metafísico. Trata-se apenas de uma alegoria para dizer o limite e fragilidade de todas as representações possíveis da realidade. Pois nem tudo pode ser dito ou compreendido através de um significado.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

ILEGIVEL

DECOMPOSTO


ENTRE OS FATOS,

TENTO INVENTAR

MINHA PROPRIA LINGUAGEM

SABOREANDO

AS LINGUAS DO MUNDO,

RASGANDO SENTIDOS E SIGNIFICADOS,

ATÉ SOFRER OS SILENCIOS

ESCRITOS EM MEUS ATOS.



domingo, 3 de fevereiro de 2013

ALEATORIEDADE, ACASO E VIDA: UM FRAGMENTO DE LEONARD MLODINOW IN O ANDAR DO BÊBADO: COMO O ACASO DETERMINA NOSSAS VIDAS





BUSCAR PADRÕES E ATRIBUIR-LHES SIGNIFICADOS faz parte da natureza humana. Kahneman e Tversky analisaram muitos dos atalhos que empregamos para  avaliar padrões em dados e para fazer julgamentos quando confrontamos com a incerteza. Eles chamaram esses atalhos de heulística. Em geral, a heulistica é algo útil; no entanto, assim como nosso modo de processar informações ópticas pode levar às ilusões ópticas, a heulística também pode levar a erros sistemáticos. Kahnemann e Tversky chamam esses erros de  vieses. Todos nós ultilizamos a heulística  e padecemos de seus vieses. Porém, embora as ilusões ópticas raramente tenham muita relevância na vida cotidiana, vieses cognitivos têm um papel importante na tomada de decisões. Assim, ao final do sec. XX,  surgiu um movimento para estudar como a mente humana percebe a aleatoriedade. Os pesquisadores concluíram que “as pessoas têm uma concepção muito fraca da aleatoriedade; não a reconhecem quando a veem e não conseguem produzi-la ao tentarem”. E o que é pior, temos o costume de de avaliar equivocadamente o papel do acaso em nossas vidas,tomando decisões comprovadamente prejudiciais aos nossos Interesses.”
TRADUÇÃO DE DIEGO ALFARO

domingo, 27 de janeiro de 2013

UMA CITAÇÃO DE ANDRE BRETON ( nadja)



Quem sou? Se excepicionalmente recorresse a um adágio, tudo poderia realmente resumir-se em saber “com que ando?” Devo confessar que essa expressão me pertuba um pouco, pois tende a estabelecer entre mim e certas pessoas relações mais singulares, menos evitáveis, mais perturbadoras do que poderia imaginar. Diz muito mais do que intenta dizer, faz-me desempenhar em vida o papel de um fantasma, alude evidentemente ao que eu deveria deixar de ser, para ser quem na verdade sou.”

ANDRE BRETON in NADJA

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

AFORISMA SOBRE OS OUTROS E A VIDA



A CONDIÇÃO HUMANA É UM CONSTANTE ATO DE AUTO CRIAÇÃO E REINVENÇÃO DE TUDO QUE SOMOS ATRAVÉS UM DOS OUTROS NA PLURALIDADE DE ACASOS. OS INDIVIDUOS SE COMUNICAM ATRAVÉS  DA MICROFISICA DOS INSTANTES ATRAVES DO SENTIMENTO E IMAGINAÇÕES QUE SILENCIOSAMENTE GRITAM NO INFINITO DE CADA SEGUNDO POSSIVEL...

INTROSPECÇÃO

Abrigado à sombra


De mim mesmo,

Deixo-me

Inútil e resignado

Entre os cacos

De antigas vontades,

Vejo a vida

Passar sem sentido

No assombro dos dias,

Imune a mínima expectativa

De futuros e realidades...

sábado, 19 de janeiro de 2013

SOBRE A VIDA COMO GRAMÁTICA E CODIFICAÇÃO: OU A INVENÇÃO DO REAL



A vida humana se realize em suas gramáticas. Nada concebível em termos humanos corresponde “as coisas” ou a qualquer forma de “realidade” externa as nossas limitações e possibilidades inerentes ao fato e experiência humana

A FANTASIA É A ESSENCIA DE TODA CODIFICAÇÃO DO REAL...

SOMOS TODOS GRAMATICAS EM MOVIENTO, USO E DESUSO.