Mínimo é o mundo
No qual sustento meu rosto,
Um roto pedaço de caos
Que mal abriga
Meus pensamentos.
Mas sei que lá fora
Tudo me ultrapassa
A existência
E a própria vida...,
Este Blog é destinado ao exercicio ludico de construção da minima moralia da individualidade humana; é expressão da individuação como meta e finalidade ontológica que se faz no dialogo entre o complexo outro que é o mundo e a multiplicidade de eus que nos define no micro cosmos de cada individualidade. Em poucas palavras, ele é um esforço de consciência e alma em movimento...entre o virtual, o real, o simbolo e o sonho.
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
domingo, 15 de janeiro de 2012
RESIDUO DA FELICIDADE ( CITAÇÃO)
“Há uma espécie de pesadelo acordado que, às vezes, se manifesta depois que a gente passa uma ou duas noites em claro- uma sensação, que surge com a extrema fadiga e com o nascer do sol, de que a vida, em torno da gente,se modificou. Instala-se na gente a plena convicção de que, de certo modo, a existência que está levando é apenas um galho nascido da vida, e que se relaciona à vida somente como um filme de cinema ou um espelho: que as ruas,as casas, não passam de projeções de um passado muito vago e caótico.”
Fragmento do conto O RESÍDUO DA FELICIDADE by F. Scott Fitzgerald
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
APOLOGIA DO EFÊMERO
Sei hoje
Que não existe qualquer receita
De saúde e felicidade
Nos descaminhos da vida,
Que não sabemos
E nunca saberemos
Os passos da sorte
No acontecer dos dias...
Melhor por isso viver de acasos
Sem planos
ou ilusões de futuro.
Nos prazeres possível de cada momento.
segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
AFORISMAS SOBRE O ABSURDO HUMANO
Os neurônios não podem sobreviver sem as células gliais, mas tudo indica que eles são a unidade cerebral fundamental para o comportamento da mente”
Antônio R. Damásio in E O CEREBRO INVENTOU O HOMEM
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Somos limitados para avaliar nossas auto imagens no espelho da realidade convencionalmente estabelecida... O apego as nossas limitadas auto representações são a medida de nossas ilusões...
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A vida é um sonho estranho que sofremos como realidade.
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A vida é cega...Por isso vemos o que existe.
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Existir é um estranho ato de imaginação...
NOTA SOBRE MENTE HUMANA E NEUROCIENCIAS
Não duvido de que mesmo diante do avanço cada vez maior das neurociências o conceito de mente permaneça obscuro e controvertido.
Mesmo assim já se pode dizer que hoje em dia é cada vez mais difícil a qualquer um sustentar serenamente a antiga tese de uma identificação abstrata entre mente , “alma” ou “espírito” contraposto ao físico e ao corpo.
Conhecemos hoje com tal precisão a fisiologia humana que não é muito fácil hoje em dia , para os partidários da teoria dualista distinguir a mente humana ( aqui sumariamente entendida como capacidade de reflexão acrescida à consciência de si e do mundo exterior) do próprio funcionamento do corpo humano recorrendo a qualquer abstração metafisica.
Evidentemente nada disso nos aproxima de qualquer suposta “natureza” ou “essência” do humano uma vez que tais conceitos não passam de construções arbitrárias e a própria idéia de humano só é crível na medida em que a aceitamos coletivamente como convenção para dizer nossa presença no tempo e espaço. Logo, não é a busca de verdades ultimas ou novos dogmas que me anima o discurso. Mas um horizonte mais complexo de investigação.
Defendo que quando mais despidas nossas investigações de tradicionais e falsas premissas (representações e formulações do intelecto sejam filosóficas e religiosas que mitificam a idéia de mente), mais nos aproximamos de uma nova e ainda incerta codificação da realidade e deste paradoxal fenômeno verdadeiramente nonsense que é a mente humana através das neurociências.
NOTA SOBRE O PASSAR DAS COISAS
O tempo que passa
É sempre o mesmo...
Nós é que nos fazemos
Constantemente outros
No impreciso de nós mesmos
Dispersos em dias, noites
E acasos...
É sempre o mesmo...
Nós é que nos fazemos
Constantemente outros
No impreciso de nós mesmos
Dispersos em dias, noites
E acasos...
sábado, 31 de dezembro de 2011
PARA ALÉM DE JANO E DO ANO NOVO
Entre o lugar comum
Do ano novo
E o intimo sentimento
Do tempo
Que nos passa,
Sabendo-me além
Do eterno retorno do revellon,
Escrevo-me simplesmente outro
No passar dos dias
Livre de nostalgias
Ou ritos de futuro...
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
NOSTALGIA FUTURA
Um dia novo
Se esboça,
Se esforça,
Contra o sem rosto
Do tempo,
buscando a realidade
De uma manhã chuvosa
Onde se escreve abstrato
O melhor dos nossos passados...
IMPRESSÕES SURREALISTAS
Perdendo do tempo
O rumo
Nos abismos do agora,
Recolho cacos
De horas quebradas
Desfazendo futuros
E imaginações,
Reinventando o tempo
Nos olhos de pensamentos perdidos
No fosco de alguma paisagem...
O rumo
Nos abismos do agora,
Recolho cacos
De horas quebradas
Desfazendo futuros
E imaginações,
Reinventando o tempo
Nos olhos de pensamentos perdidos
No fosco de alguma paisagem...
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
METAMORFOSES NATALINAS
Desde Marcel Mauss sabemos da importância da pratica da troca de presentes como uma componente relevante do imaginário das sociedades arcaicas e também de nossas sociedades contemporâneas.
Expressão da construção de vínculos e alianças, gostem ou não os religiosos, o arcaico costume da troca de presentes é, por exemplo, a essência da celebração contemporânea do natal. Trata-se hoje mais de uma data consagrada ao consumo e ao lazer do que propriamente uma celebração religiosa cujas origens remontam a antiga cultura pagã do norte da Europa. Prova disso é que o natal vem ganhando mundo a fora, formas cada vez mais heterodoxas de celebração. Talvez logo seja impossível falar do natal no singular....
Mas para ser breve, limitar-me-ei aqui a afirmar que nenhuma outra celebração rompeu tanto com suas formatações tradicionais e conservadoras e se reinventa nas metamorfoses da contemporaneidade do que o natal...
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