Sou o outro
contra todos
na ilusão de um eu
e na prisão de um rosto.
Existir é ser no absurdo,
acontecer em miragem biográfica,
saber-se finito,
dentro do quase infinito
de incertas multidões.
É estar preso
em um determinado tempo e espaço,
que nos ignora e descarta
enquanto tudo passa
vazio de absolutos
Através de lúcidas alucinações.
O que é o mundo,
onde sou eu?
Viver é a ilusão
de saber de si mesmo
como se fosse um mundo.