quebrei a vidraça do presente,
arrombei a porta do futuro,
na contramão da eternidade.
Enquanto as horas fugiam dos meus intempestivos atos,
Avancei contra o limite
das leis, do pensar,
e do querer,
sem olhar para traz.
Afinal, é urgente correr
e transgredir,
provar desrazões,
ontem, hoje, e sempre.
É preciso avançar e abraçar o inesperado,
inventar o inédito
contra a normalidade do tédio.
Nada mais é sagrado.
Apaguem todas as respostas e soluções
na definição de novos problemas e questões.
É preciso perder-se,
desencontrar-se ,
e respirar o informe infinito
até que outros mundos sejam possíveis.
Que a vida seja urgente,
inadiável, no intenso
devir de qualquer embriaguez possível.
Embriagado de urgências
eu pulei do telhado!