Pois a vida é movimento,
mudança perpétua,
contra nossa vocação a inércia.
Por isso nada me prende a nada.
Sou livre até de mim mesmo
na indeterminação de ser ,
no absoluto devir de todas as coisas.
Vivo em triste estado de desabrigo.
Sei que não existo na concretude do corpo,
este provisório arranjo da matéria.
Hoje sou nada na possibilidades do mundo.
Amanhã serei nada no devir do universo
e o mundo regressará ao estado anterior ao meu nascimento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário