O tempo do quando
é o agora.
É a urgência da sobrevivência,
a invenção clandestina
de um outro dia,
de uma outra chave de existência.
A vida é ação, VERBO,
dizer-movimento,
transformAÇÃO.
Este Blog é destinado ao exercicio ludico de construção da minima moralia da individualidade humana; é expressão da individuação como meta e finalidade ontológica que se faz no dialogo entre o complexo outro que é o mundo e a multiplicidade de eus que nos define no micro cosmos de cada individualidade. Em poucas palavras, ele é um esforço de consciência e alma em movimento...entre o virtual, o real, o simbolo e o sonho.
O tempo do quando
é o agora.
É a urgência da sobrevivência,
a invenção clandestina
de um outro dia,
de uma outra chave de existência.
A vida é ação, VERBO,
dizer-movimento,
transformAÇÃO.
Tenho me tornado o indeterminado,
o que não cabe em qualquer canto de mundo
ou que caiu em algum momento
de um passado que nunca aconteceu.
Não sou deste instante.
Sou do tempo das estrelas mortas
que ainda vejo brilhando no céu.
Meu corpo tem a idade dos sonhos
e é composto de imaginações
da matéria.
Meus pensamentos tem o perfume e cores
das flores.
É certo que escrever não muda o mundo.
Mas produz acontecimentos que transformam
Faço planos de desmundar o mundo
e des-ser minha existência
contra a vida cotidiana.
Pois não me basta respirar.
Quero desvivenciar todas as palavras pré ditas,
ser corpo sem tempo através da invenção das coisas.
Faço planos de me tornar água
e pensar como fogo
para me sentir terra e ar.
Faço planos de viver o nada,
no nivelamento da vida e da morte.
Tenho expectativas para minha a-existência.
Não me acomodo ao raso significado
das palavras arrumadas na brancura da tela.
Não me deixo enganar pela ordem gramatical,
pelas intencionalidades rasas
de consensos argumentativos e formalismos.
Dentro do dito há sempre um abismo
que diz o invisível do corpo negado.
Ele fala, grita, registra-se,
entre as linhas,
contra todo logocentrismo
e tédio de narrativas bem comportadas.
Toda comunicação pragmática
me provoca vertigens.
Cada leitor deveria
Rasgar a si mesmo
no dizer comum do mundo.
Ler no espelho das letras
a nudez de seu próprio corpo.