nossa ausência de mundo,
desenhando um mapa de angustias,
que se confunde com a sombra
de nossos próprios corpos.
Aprendemos o tempo dos mortos
através da geografia do caos primevo
que ainda nos habita
intempestivo.
Nossos pés não tem mais alma.
Não encontram chão.
Escapamos a natureza e a vida
embriagados por tecnologias,
ambições doentias de dominação.
Agora estamos fora de tudo,
desespacializados e enganados pelo absurdo de uma razão celeste.
Mas se viver se fez nosso lado de fora,
é porque buscamos nossa propria ausência,
inventamos em nós
um avesso de natureza,
um vazio de mundo,
um sem futuro dos pés,
através da utopia do pensar verdade.
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