Não vivo da ilusão de futuros possíveis.
Sei que o amanhã pertence aqueles que ainda irão nascer.
Da minha parte, busco o porvir,
o vir a ser impertinente de um eterno retorno
que me ensina a vertigem do desaparecimento constante.
Este Blog é destinado ao exercicio ludico de construção da minima moralia da individualidade humana; é expressão da individuação como meta e finalidade ontológica que se faz no dialogo entre o complexo outro que é o mundo e a multiplicidade de eus que nos define no micro cosmos de cada individualidade. Em poucas palavras, ele é um esforço de consciência e alma em movimento...entre o virtual, o real, o simbolo e o sonho.
Não vivo da ilusão de futuros possíveis.
Sei que o amanhã pertence aqueles que ainda irão nascer.
Da minha parte, busco o porvir,
o vir a ser impertinente de um eterno retorno
que me ensina a vertigem do desaparecimento constante.
O fato acontece,
aconteceu,
acontecerá,
e se tornará pensamento,
interpretação.
O fato, simplesmente,
não existe como tal.
É memória, palavra,
que se faz acontecimento
além do fato,
é uma quase ilusão.
O fato é seu registro,
seu duplo,
seu signo,
e nunca para de acontecer.
Não há caminho.
Apenas o ponto,
a linha,
e um rabisco.
O percurso é quase ilegível.
Todo lugar é lugar algum,
sem longitude ou latitude.
Existe apenas o deslocamento,
sem propósito ou destino,
no lápso de um dia vazio.
Seguimos todos perdidos
para lugar algum...
A vida é sempre mudança.
Mesmo quando o momento
nos pesa nas costas,
impera a incerteza,
a transitoriedade de todas as experiências,
Mesmo quando seguimos enterrados
em um hoje sem amanhã,
tudo é provisório e sem conclusão.
Tudo que sinto e penso
dentro do mundo vira silêncio,
dissolve-se no comum,
no impessoal exercício do rosto,
do corpo,
através do artifício de ser um indivíduo
como qualquer outro
perdido na multidão.