Entre a lembrança e a experiência do agora a realidade foge ao tempo.
Existo fora do registro identitário,
à margem do discursos e comportamentos corriqueiros,
consumido aos poucos pelo fogo soberano da vontade.
Tudo em mim é natureza e indeterminação.
Enterrei todos os futuros no passado
E sigo vivendo esperando a morte.
Nada que faço importa.
Pois tudo que sou
está fadado ao esquecimento.