Este Blog é destinado ao exercicio ludico de construção da minima moralia da individualidade humana; é expressão da individuação como meta e finalidade ontológica que se faz no dialogo entre o complexo outro que é o mundo e a multiplicidade de eus que nos define no micro cosmos de cada individualidade. Em poucas palavras, ele é um esforço de consciência e alma em movimento...entre o virtual, o real, o simbolo e o sonho.
quarta-feira, 3 de abril de 2019
terça-feira, 2 de abril de 2019
BREVE MANIFESTO DA POESIA DA VIDA
Meus ditos já não dizem o mundo.
Já aprendi a deriva da escrita,
que o enunciado não se confunde com a frase.
Conheci os afetos que inventam palavras
Onde silêncios despem meus atos
Para reinventar os fatos.
Agora nos meus discursos,
o dito não se reduz ao dizivel.
Tornou-se impossível
Qualquer debate.
segunda-feira, 1 de abril de 2019
UM ECO DE INFÂNCIA
Espero sempre ter diante da vida a inocência de uma criança,
Um misto de inconsequência e prudência.
Um misto de inconsequência e prudência.
Fazer de tudo experiência
aventura,
Com uma irreverente pitada de delinquência.
aventura,
Com uma irreverente pitada de delinquência.
Que nada seja previsível,
Pré definido por convicções baratas.
Pré definido por convicções baratas.
Que tudo seja absurdo, intenso,
Como uma obra de arte.
Quero em tudo que eu veja
Um brilho de liberdade.
Como uma obra de arte.
Quero em tudo que eu veja
Um brilho de liberdade.
O FUTURO NÃO SERÁ HUMANO
Impomos ao mundo às formas humanas, nossas fantasias coletivas de verdade.
Rejeitamos a experiência da natureza crua em nome da ilusão das civilizações.
Toda história humana tem sido uma recusa do mundo, um delírio de transcendência.
Submetemos a existência aos caprichos de nosso intelecto imodesto. Apenas para nos tornamos escravos de nossos próprios artifícios.
Agora somos a principal ameaça a nossa própria sobrevivência. Não há mais futuro dentro de qualquer forma de "humanismo".
sábado, 30 de março de 2019
INTENSIDADES
É na ausência das palavras que fala minha consciência,
Que as intensidades e velocidades do pensamento dão nova dimensão a existência.
Que as intensidades e velocidades do pensamento dão nova dimensão a existência.
Tudo se resume as superfícies das coisas,
Ao saber da pele
Na orgia de afetos.
Sentir é um modo de saber o mundo
Como uma intensa experiência.
Sentir é quando o corpo pensa.
Ao saber da pele
Na orgia de afetos.
Sentir é um modo de saber o mundo
Como uma intensa experiência.
Sentir é quando o corpo pensa.
sexta-feira, 29 de março de 2019
AQUI E AGORA
Não em qualquer outra parte.
Este é o meu limite,
O chão que me sustenta
E o tempo que me inventa.
É onde acontecem os encontros,
Onde ganha forma o múltiplo,
O possível.
Estou aqui e agora
Sem qualquer ilusão ou espectativa,
Sem saber o que demasiadamente sei...
terça-feira, 26 de março de 2019
EXCESSOS
Há um excesso de lugares,
De palavras,
De vontades,
De afetos,
De rostos,
De alegrias,
De tristezas,
De livros,
De medos,
De angústias,
Identidades,
Desejos,
Mentiras,
Hipocrisia,
Gritos,
Silêncios,
Filmes,
Vertigens,
Deslumbramento...
De palavras,
De vontades,
De afetos,
De rostos,
De alegrias,
De tristezas,
De livros,
De medos,
De angústias,
Identidades,
Desejos,
Mentiras,
Hipocrisia,
Gritos,
Silêncios,
Filmes,
Vertigens,
Deslumbramento...
Os excessos são quase infinitos,
E tudo que escrevo convida ao silêncio,
A esta miserável impotência de ser
Através da qual escapo a mim mesmo
Me desfazendo em mundo.
E tudo que escrevo convida ao silêncio,
A esta miserável impotência de ser
Através da qual escapo a mim mesmo
Me desfazendo em mundo.
A AGONIA DE EXISTIR
É sempre isso que tentamos: criar mundos impossíveis diante de possibilidades possíveis.
Há de fato em nossos atos e sentimentos sempre uma boa dose de voluntarismo, de ilusão e desespero de vontades feridas.
O existente, o tempo presente, nunca nos basta. Somos por natureza, circunstância ou destino, seres inconformados, inadaptados a própria vida. Mas é isso que nos torna criativos,
Que inventa em nós o devir.
domingo, 24 de março de 2019
O INATUAL
Sigo ao encontro do inatual,
Daquilo que não cabe no momento,
Que recusa o tempo,
Atravessando todas as épocas.
É um misto de corpo e silêncio.
Um pulsar de vida,
Onde a fragilidade da presença
Inventa um mundo sem tempo
E livre de urgências.
Um pulsar de vida,
Onde a fragilidade da presença
Inventa um mundo sem tempo
E livre de urgências.
Por um instante me surpreendo
Fora de tudo,
Dentro da natureza.
É como se fosse sempre
O primeiro dia do humano.
Fora de tudo,
Dentro da natureza.
É como se fosse sempre
O primeiro dia do humano.
sexta-feira, 22 de março de 2019
MODESTAS ESPERANÇAS
A vida ainda comporta algumas modestas
esperanças. Coisa pequena que pode parecer restrita ao âmbito da chamada vida
privada. Falo de uma polidez de gestos e palavras decorrentes de um modo
particular de sentir e agir.
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