Escolher como
viver é um privilégio,
Um excesso,
Um quase transbordamento.
É encontrar as
palavras que faltam
Para inventar um
sentimento,
Para dar forma a
um afeto,
Que atravessa a consciência.
Assim se define o
corpo como lugar de ser,
Como processo ou
movimento da múltipla composição de um querer.
O corpo afetado torna-se
imagem e experiência de uma opção que nos escolhe.
Mas o que define
quem somos é o ato de viver a deriva
Como composição
de multiplicidades,
De interioridades
e exterioriedades famintas.
Tudo se encontra
e se desencontra na imanência dos acontecimentos.