Este Blog é destinado ao exercicio ludico de construção da minima moralia da individualidade humana; é expressão da individuação como meta e finalidade ontológica que se faz no dialogo entre o complexo outro que é o mundo e a multiplicidade de eus que nos define no micro cosmos de cada individualidade. Em poucas palavras, ele é um esforço de consciência e alma em movimento...entre o virtual, o real, o simbolo e o sonho.
quarta-feira, 11 de julho de 2018
terça-feira, 10 de julho de 2018
HÁBITOS SEDENTÁRIOS E CONSCIÊNCIA
Uma metafísica
da consciência busca a materialidade dos discursos como praticas e modo de ser,
como um lugar dentro de um mundo. O discurso é onde se habita, onde a realidade
se torna hábito. Mas a realidade não se reduz a práticas discursivas. Ela
guarda sempre algo de indeterminado, de impertinente. Há sempre uma inquietude
em relação ao real que engendra hiper realidades, ou que nos leva a o simulacro
de palavras de ordem, de imagens de pensamento que reduzem o conhecimento a
mera informação cotidiana ou, simplesmente, a uma performance discursiva.
segunda-feira, 9 de julho de 2018
sexta-feira, 6 de julho de 2018
SOBRE O DEVIR
O futuro, seja ele o que for, não será superior ao nosso presente, tanto quanto ele não é superior ao nosso passado. Apenas será outra coisa. O decisivo é sempre responder ao aqui e o agora buscando apreender o intempestivo, o incondicionada ou, simplesmente, o devir. Seu movimento constante, sua durabilidade mutante, é o que sempre nos persegue através do tempo, das variações das formas históricas.
quinta-feira, 5 de julho de 2018
GEOGRAFIA EXISTENCIAL
Quem existe é o meio no qual me
movimento.
É toda esta multiplicidade de
objetos, processos,
Que transformam qualquer lugar em
um acontecimento.
A singularidade é uma espacialidade
dada que comporta o corpo.
Corpo onde o dentro e o fora
inventam consciência das coisas.
Sou em todos os sentidos esta
singularidade,
Este movimento que se transforma
em lugar de existência.
Assim, a Terra inventa o universo
como abstração
E duvido de tudo aquilo que me
define a existência.
quarta-feira, 4 de julho de 2018
JUNG E BERGSON: APROXIMAÇÕES
O "bergsionismo", mesmo aquele
proposto por Deleuze, apresenta a intuição como um procedimento metódico que se
destina a apreensão da materialidade movente das durações.
Ele se inventa contra a
descontinuidade de momentos espalhados pelo indefinitivamente divisível
(quantitativo), oferece como alternativa um tempo que corre indivisível (qualitativo)
e que se prolonga como uma melodia, como um devir sem suporte e sempre em
transição. Para Bergson esta duração é a essência do Ser, do absoluto. A
mudança é indivisível e substancial. Fluxo é sinônimo de duração. A intuição
como método é justamente a apreensão desta substância, o método filosófico de
uma nova metafísica, que vislumbra um
além da condição humana.
Não seria descabido tentar aproximar
as formulações de Bergson sobre memória do conceito de inconsciente coletivo de
Jung. Afinal, para o filosofo da intuição, a memoria é uma força imaterial que
evoca uma realidade transpessoal (espirito) que não é incompatível com o
conceito de psique objetiva ou inconsciente coletivo. Afinal, os arquetípicos são
informes. Apenas sabemos seu conteúdo através das imagens arquetípicas manifestas
no campo da consciência de modo dinâmico e plástico. Através delas o homem
arcaico e moderno coincidem em uma única experiência de realidade que poderíamos
considerar intempestiva, pois pressupõe um devir manifesto através de manifestações
históricas.
A memória é um acontecimento
coletivo que nos atravessa e comove no plano mais intimo e pessoal porque nos
oferece a percepção de nosso lugar no ininteligível do drama da própria espécie
humana. Eis, talvez, a medida de nossa
criatividade....
O ACONTECIMENTO FILOSOFICO
O acontecimento filosófico não é uma busca pela verdade, por uma abstrata razão das coisas que nunca dá conta da multiplicidade e do caos que nos define o imediaticidade da existência.
A filosofia é a busca de uma ética, de um a imagem de mundo que revela um modo de habitar as coisas, uma prática de vida.
A prática filosófica é um modo de individuação e construção consciente e ativa de um cotidiano. Desta forma, filosofia é imanência. É um modo de acontecer nas coisas contra as ilusões do Ser.
SABER E DEVIR
Entre diálogos e monólogos,
Invento meu próprio silêncio,
Investigo o real em sua nervura,
Sofro suas dobraduras
Nos labirintos da imaginação criadora.
Invento meu próprio silêncio,
Investigo o real em sua nervura,
Sofro suas dobraduras
Nos labirintos da imaginação criadora.
A arte é natureza,
O dizer um vento
Dentro da música que anima o corpo.
O dizer um vento
Dentro da música que anima o corpo.
O verdadeiro e o falso se nivelam.
revelando o erro como caminho,
como constante atualização do incerto.
O cérebro é o dentro através do fora.
E tudo acontece em irredutível movimento.
sexta-feira, 29 de junho de 2018
SOBRE O DIZÍVEL E O VISÍVEL
Cores e cheiros me fazem lembrar
antigos lugares.
Posso quase sentir atmosferas
afetivas,
Abrigos de pensamento,
Códigos vivos de banal existência....
Deleuze, em seu curso de 1985 sobre
Foucault,
Nos lembra a diferença entre o
descrever e o enunicar.
Afinal, dizer não é ver e isso não
é um cachimbo.
Os espaços definem visibilidades,
Mas nenhum enunciado diz estes espaços.
As dizibilidades acontecem nos
lugares
Capturando o visível.
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