A verdade é uma espécie de luminosidade
que privilegia enunciados e cristaliza significados. Ela é o dizer das coisas
como se fossem e não como são em sua multiplicidade, em seus labirintos. Apenas
uma consciência ingênua se deixa ofuscar pela luz da verdade.
Este Blog é destinado ao exercicio ludico de construção da minima moralia da individualidade humana; é expressão da individuação como meta e finalidade ontológica que se faz no dialogo entre o complexo outro que é o mundo e a multiplicidade de eus que nos define no micro cosmos de cada individualidade. Em poucas palavras, ele é um esforço de consciência e alma em movimento...entre o virtual, o real, o simbolo e o sonho.
quinta-feira, 22 de março de 2018
terça-feira, 20 de março de 2018
PLATONISMO
Não confunda Pitágoras com Protágoras,
Dizia a Platônico tagarela que
brincava com a verdade.
Delirava o belo e a felicidade
Movido por sua enorme vaidade.
TEATRO DO EU
Este eu que afirma a existência
alimenta-se da sua própria ausência. É puro simulacro, lugar de linguagem e símbolos.
Este eu que se afirma continuo é
feito de exterioridades e pluralidades. Mas pensa que existe, pensa que pensa,
em estratégias de subjetivação que quase não se sustentam.
quinta-feira, 15 de março de 2018
terça-feira, 13 de março de 2018
A VERDADE COMO ILUSÃO
Um conceito extremamente difícil de definir é o de ilusão. Trata-se de uma espécie de derivado do conceito de verdade e somente em função dele tem significado. A ilusão é o equivoco, a falsa verdade. O que pode ser considerado diferente de falso. A ilusão é um engano induzido pelos sentidos, pelo corpo. O que lhe confere um sabor cartesiano. A ilusão é a razão vitimada por um equivoco mental provocado pelo envolvimento bruto entre o corpo e o mundo exterior.
O racionalismo obtuso de tal conceito chega a ser risível. Pressupõe um absoluto racional praticamente metafisico, um intelecto totalmente dissociado do corpo, que estabelece no plano etéreo a unidade entre significante e significado em termos puramente lógico/formal.
Por outro lado, ilusão deriva do verbo latino Iludo que tanto significa brincar, quanto iludir ou enganar. Ilusão, portanto, também remete ao lúdico, a jogo. Mas não se costuma associar ilusão à convicção, sentimento irracional tão caro a experiência de verdade, já que o conceito de verdade, tal como convencionalmente entendido, exclui em si mesmo o conceito de falso. O falso é pura ausência de verdade. Já uma verdade provisória só pode ser uma ilusão. Mas o que se questiona aqui é justamente isso: até que ponto verdade e ilusão não passam de conceitos opostos paradoxalmente complementares, já que atualmente admitimos a verdade como um conceito não absoluto, mas como construção?
O racionalismo obtuso de tal conceito chega a ser risível. Pressupõe um absoluto racional praticamente metafisico, um intelecto totalmente dissociado do corpo, que estabelece no plano etéreo a unidade entre significante e significado em termos puramente lógico/formal.
Por outro lado, ilusão deriva do verbo latino Iludo que tanto significa brincar, quanto iludir ou enganar. Ilusão, portanto, também remete ao lúdico, a jogo. Mas não se costuma associar ilusão à convicção, sentimento irracional tão caro a experiência de verdade, já que o conceito de verdade, tal como convencionalmente entendido, exclui em si mesmo o conceito de falso. O falso é pura ausência de verdade. Já uma verdade provisória só pode ser uma ilusão. Mas o que se questiona aqui é justamente isso: até que ponto verdade e ilusão não passam de conceitos opostos paradoxalmente complementares, já que atualmente admitimos a verdade como um conceito não absoluto, mas como construção?
sexta-feira, 9 de março de 2018
OS SILÊNCIOS DA ESCRITA
Tento escrever notas de rodapé a
margem de minhas anotações de mundo. Tento fugir ao meu próprio discurso. Pois
o dizer é sempre silêncio, é constante vazio que inventa enunciados contra o
ser em branco.
Tudo que escuto no que digo é um eco
de morte.
quinta-feira, 8 de março de 2018
quarta-feira, 7 de março de 2018
JUNG, ALQUIMIA E LOUCURA
"A
alquimia representa a projeção em laboratório
de um drama ao mesmo tempo cósmico e psicológico."
C.G.Jung
Em psicologia e alquimia, Jung pensa a loucura contra a vontade de saber psicanalítico através do simbolismo alquímico.
O arcaísmo do humano contradiz a forma homem como imago dei da consciência moderna.
Expressa-se aqui a falência do mito cristão, que conduz a um salto ao passado
pagão para encontrar o futuro como ilusão de permanências teleológicas de uma
consciência que se transforma, que se reinventa, através da loucura e do dionisíaco,
deixando falar a psique objetiva, contra todas as ilusões iluministas de um eu racional.
terça-feira, 6 de março de 2018
SOBRE A INVENÇÃO DAS COISAS
Nada é o que parece ser à sombra dos
pensamentos. A aparência é a essência dos equívocos da percepção pré formatada
de cada época, onde apenas os paradoxos
ainda acordam estranhamentos na formatação
de experimentações, na rotina dos atos de linguagem..
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