Este Blog é destinado ao exercicio ludico de construção da minima moralia da individualidade humana; é expressão da individuação como meta e finalidade ontológica que se faz no dialogo entre o complexo outro que é o mundo e a multiplicidade de eus que nos define no micro cosmos de cada individualidade. Em poucas palavras, ele é um esforço de consciência e alma em movimento...entre o virtual, o real, o simbolo e o sonho.
terça-feira, 12 de setembro de 2017
terça-feira, 5 de setembro de 2017
PEDRAS DE SILÊNCIO
Atirei nos telhados da humanidade
Algumas pedras de silêncio.
Escutei um eco caindo,
Correndo contra o infinito.
Mas ele era ilegível.
Era, naturalmente,
Apenas o barulho
Do meu próprio silêncio....
CUIDADO DE SI E SUBJETIVAÇÃO
O cuidado de si, tal como entende
o último Foucault, é um ética baseada no voltar-se para si mesmo, para o mundo
e para o outro, estabelecendo uma estética da própria existência. Trata-se de
um conceito que remonta a antiguidade grega. Como afirma Foucault em Hermenêutica
do Sujeito, o cuidado de si é uma relação “singular, transcendente, do sujeito
em relação ao que o rodeia, aos objetos que dispõe, como também aos outros com
os quais se relaciona, ao seu próprio corpo e, enfim, a ele mesmo”.
O sujeito emerge, assim, como
produto objetivo dos sistemas de saber e poder, como uma trama genealógica de
subjetivação, onde poder é tanto poder sobre si mesmo quanto sobre outrem, mas
onde a sujeição é transcendida pela subjetivação ética, pela construção de uma “ética
do eu” em termos modernos. Falo da construção de formas de resistência as
sujeições impostas pelas racionalidades modernas.
A TAGARELICE DO SILÊNCIO
Estamos perdendo a capacidade de produzir e significar
enunciados. Não que nossas gramaticas tenham se degradado. Mas por que os
discursos se banalizaram. Se tornaram um objeto definido pelo corpo morto dos
livros. É realmente difícil dizer qualquer coisa hoje em dia que não se reduza
a banalidade da simples informação.
Significar o mundo já não passa
pela capacidade de inventar novos enunciados, de codificar a realidade de um
modo singular e único que, por sua irreprodutividade se consagre como obra
aberta ou monumento gramatical. Somos cada vez mais prisioneiros da tagarelice
do silêncio e não há muito a se falar sobre isso.
quarta-feira, 30 de agosto de 2017
MÚSICA E CONSCIÊNCIA TRÁGICA
Dentre toda expressão artística dionisíaca, a música , a expressão sonora, é aquela que mais nos proporciona um sentimento de plenitude. Como disse Nietzsche, em Incursões de um extemporâneo,
"Com relação a música toda comunicação por palavras é desavergonhada."
A música nos permite celebrar a vida sem negar a dor, nos permite ser feliz mesmo na infelicidade.
sexta-feira, 25 de agosto de 2017
A VONTADE COMO PREMISSA
"Vontade: impulso cego, escuro e vigoroso, sem justiça nem sentido"
A. Schopenhauer
Para Schopenhauer o homem não
passa de uma abstração, de uma objetivação da vontade. Pois a vontade é em si, uma
e a mesma, mesmo que, através do homem, busque uma individualidade perfeita. A
vontade é a essência do mundo,
manifestando-se tanto na matéria bruta quanto inanimada, assim revelando os
seus graus. Enquanto não descoberto como
representação, o mundo é vivido como
vontade.
quarta-feira, 23 de agosto de 2017
INTERDIÇÕES
As coisas vividas não cabem no
pensamento.
Não encontram palavras,
Ficam engasgadas na consciência
E se perdem como experiência.
Quase tudo que somos
Permanece à margem de nós mesmos,
Como um esboço,
Uma promessa de tudo aquilo
Que nunca seremos.
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