Não somos exatamente feitos de nossas escolhas.
Na verdade, as reações de determinada pessoa com a qual compartilhamos
o convívio, com o tempo, torna-se bastante previsíveis. Isso porque cada um
está preso a um padrão de comportamento ditado pela adesão a determinadas
referências coletivas e tendências subjetivas que pouco deixam espaço para espontaneidade,estabelecendo, previamente e compulsivamente, nosso comportamento frente a situações
e questões concretas.
Cada um é prisioneiro de seu modo de ser e nem sabe direito porque
tende a se comportar e se posicionar no mundo de determinada maneira que o
diferencia relativamente dos demais. Mas o que se ressalta aqui é que não se
trata exatamente de uma opção consciente. Não importa se por influencia das
condicionantes provenientes de vivencias pessoais ou de condições sócio-econômicas que formatam cada trajetória de vida.
As disposições definem nosso livre arbítrio. Não é possível concebe-lo
de modo abstrato e metafísico, a partir de uma vontade livre e incondicionada. Só
somos livres na medida em que acreditamos na liberdade como probabilidade, como
a capacidade de realizar escolhas pré configuradas.