A totalidade escapa a percepção, não passa de uma abstração que nos
permite lidar com a ilusão de que podemos dizer o mundo com certa “objetividade”.
A ideia de uma verdade que extrapola nossas narrativas é o maior equivoco do
entendimento das coisas em suas diversas variações cientificas ou não.
Chegamos a um ponto em que o inteligível deixou de ser um porto seguro
ao conhecimento. Mesmo que seja, até o momento, ainda o único porto possível. É
preciso romper com a ilusão de que nosso dizer o mundo da conta do próprio
mundo. O que fazemos ao construir entendimento e conhecimento não passa de
teleologia.