Somos todos solitários
E embriagados
Pelos fatos imediatos
De nosso interagir coletivo.
Somos vazios em nossos egos inflados
Na reprodução do grito social
E domesticado de vidas desencontradas
No cotidiano da multidão silenciosa.
Mas queremos apenas respirar a vida
Na mais perfeita singularidade dos atos.
Queremos ser livres,
Delirantes em desejo errante,
Quando não somos mais do que o vazio,
O coletivo,
Que nos escraviza a sociabilidade dos fatos.
Somos todos culpados
Pelo saudável crime de nós mesmos.
Mas nossos rostos só existem no espelho.
Pois então que seja!
Há mais infinitos em meus olhos
Que em um céu azul e claro
Que define o
sentimento diurno de um novo dia.
Vamos ser pragmáticos:
Tudo que nos falta ainda
É um encontro com a vida,
Com a poesia de cada um
Através dos outros.
Somos todos solidários....