terça-feira, 29 de dezembro de 2015

DO IDEALISMO HEGELIANO AO FIM DE TODAS AS CERTEZAS: BREVE DEBOCHE PSEUDO FILOSÓFICO


O sistema idealista hegeliano assinala o fim da filosofia dos conceitos e da metas narrativas filosóficas. O titulo preliminar de sua Fenomenologia do Espírito era muito sugestivamente “ Ciência da experiência da consciência”, o  buscava descreve o caminho percorrido pela consciência coletiva  através da sucessão dialética de várias figuras da experiência que culminariam no Saber absoluto, na adequação do sujeito a verdade do objeto.
 Na Fenomenologia Hegel procura descrever, enquanto caminho e sistema o percurso da cultura ocidental de modo absurdamente otimista.
Atualmente, mais do que nunca, estamos distantes  da universalidade e do consenso racional sonhados por Hegel em sua apologia do sujeito histórico.  Schopenhauer, que o tinha por pessoal desafeto, não é por acaso hoje em dia mais popular e atual do que o velho e prestigiado professor de Iena.
Mas a questão aqui não é o Idealismo Hegeliano, mas a opacidade do mundo em que vivemos e que já não permite mais metanarrativas que lhes imponham  um sentido ou significado que abrande nossas incertezas de consciência. Anacronismos e reducionismos  a parte, depois da barbárie do século XX e da II Grande Guerra, Hegel só pode ser rotulado de comediante.
Todas as nossas melhores apostas no processo civilizatório e no futuro da humanidade só são sustentadas pelas mentes mais ingênuas que buscam ignorar a desconstrução de tudo aquilo que a uns duzentos anos nos parecia promissor, como o progresso material e otimistas codificações de uma  realidade inteligível e racional.
Hoje, tudo que sabemos, muito resumidamente, é que o mundo não faz sentido...


Nenhum comentário: