Hoje acordei indisposto
No tédio dos meus lugares
De mundo.
Um pouco mau humorado,
Farto das coisas do dia
E com as imaginações em silêncio.
Mas não se trata de melancolia.
Apenas acordei demasiadamente lúcido
E sem fantasia
Entre vontades frias e diversas apatias.
Este Blog é destinado ao exercicio ludico de construção da minima moralia da individualidade humana; é expressão da individuação como meta e finalidade ontológica que se faz no dialogo entre o complexo outro que é o mundo e a multiplicidade de eus que nos define no micro cosmos de cada individualidade. Em poucas palavras, ele é um esforço de consciência e alma em movimento...entre o virtual, o real, o simbolo e o sonho.
quarta-feira, 13 de agosto de 2014
sexta-feira, 8 de agosto de 2014
PRISÃO
Preso ao tempo espaço
Do fim imperfeito do meu desejo
Colho retalhos de sonhos
Pelos cantos da realidade.
Perdi o momento de acordar futuros
Tentando salvar
Meus apodrecidos passados.
Preso ao tempo e espaço
Do fim imperfeito do meu desejo
Escondi meu rosto
No fundo do espelho.
Do fim imperfeito do meu desejo
Colho retalhos de sonhos
Pelos cantos da realidade.
Perdi o momento de acordar futuros
Tentando salvar
Meus apodrecidos passados.
Preso ao tempo e espaço
Do fim imperfeito do meu desejo
Escondi meu rosto
No fundo do espelho.
quinta-feira, 7 de agosto de 2014
PARA OS QUE NUNCA FORAM FELIZES
Preso ao passado,
Aos descasos do destino,
Ainda lembro daquele feliz futuro
Que nunca vivi um dia.
Talvez tenha acontecido
Agora pouco
Em qualquer data perdida
Que nunca encontrou lugar
No meu desgraçado calendário
Riscado pelos erros causados
Por minhas vontades desmedidas.
quarta-feira, 6 de agosto de 2014
PÓS MODERNIDADE E NOVAS SENSIBILIDADES
As relações humanas e as estratégias de construção de sociabilidades
vem alcançado na contemporaneidade um grau de complexidade que compromete as
estruturações tradicionais da vida social. Cultura, sociedade e Estado ganham dinâmicas novas que se
articulam com a emancipação do individuo frente as dinâmicas coletivistas e um
deslocamento das identidades e papeis definidos pelas tradições e inercias
sociais.
As reflexões sobre esse novo momento das formas de codificação do real
em curso nos grandes centros urbanos do capitalismo contemporâneo tendem a
apontar para as novas possibilidades abertas pela hiper-realidade estabelecida
pelo impacto das tecnologias digitais sobre nossas representações de mundo e
sensibilidades.
Como aponta Luis Carlos Fridman em
Vertigens Pós Modernas:
“Em sentido menos apologético do alcance das alterações em curso, surge
o diagnóstico da fragmentação da subjetividade contemporânea. No individualismo
pós-moderno de todas as conexões do ser, os “certificados de existência” se
diluem. A vida torna-se errática pela multiplicidade e pela fluidez, o eu se
despedaça nas redes de comunicação, os indivíduos sentem-se investidos de
solicitações bizarras na tarefa de inventarem a si próprios, a plasticidade e o
pastiche incorporam-se às maneiras de viver, estilos se confundem com as
ofertas mais recentes do universo das mercadorias, a unidade se desfaz no
descarte sucessivo de intensidades momentâneas e os estados de ansiedade se
acumulam. A identidade, e o senso de uma interioridade auto sustentável
partem-se em vivências desagregadas ou, para quem não aguenta esse tranco, em
insegurança e angustia. A identidade, sob a marca da transitoriedade, nunca se
completa. O “medo ambiente”, expressão já presente no debate sociológico, condensa as indagações
se o cenário da vida social contemporânea oferece suportes sólidos para a construção da identidade.”
Luís Carlos Fridman. Vertigens Pós Modernas: Configurações
Institucionais Contemporâneas. RJ: Relume Dumara, 2000 p. 65
A problemática da falência da identidade explica ironicamente a voga
fundamentalista e conservadora que reponde a desagregação das vivencias
tradicionais através da apologia de
ideais coletivistas e totalizantes de inspiração geralmente religiosa que inutilmente procuram
a restauração de um passado irremediavelmente perdido, mas ainda capaz de nos roubar as melhores
possibilidades de futuro.
quarta-feira, 30 de julho de 2014
A CRIANÇA QUE FUI UM DIA
A criança que fui um dia
Afogou-se nas aguas das emoções profundas
Que habitam nervosas a superfície
Dos pensamentos cotidianos.
Perdeu-se de sua própria realidade,
Tornou-se abstração e sombra
Do adulto discreto e conformado
Que nunca conseguirei ser.
Afogou-se nas aguas das emoções profundas
Que habitam nervosas a superfície
Dos pensamentos cotidianos.
Perdeu-se de sua própria realidade,
Tornou-se abstração e sombra
Do adulto discreto e conformado
Que nunca conseguirei ser.
terça-feira, 29 de julho de 2014
AFORISMA SOBRE ATEISMO E LIBERDADE
O ateísmo é a mais radical forma de liberdade já concebida pela consciência humana. Somos naturalmente livres pensadores quando superamos os escombros do mero mimetismo cultural para inventar a nós mesmos.
quarta-feira, 23 de julho de 2014
LIMITES
Preso as minhas diárias limitações
Persigo o brilho de um dia
Onde eu possa descansar
Minhas vontades e ansiedades
No colo dos pequenos sonhos,
Esquecer do tempo e do espaço
E ser apenas eu mesmo
Diante do enigma do mundo
Sem tantos limites e interdições.
Persigo o brilho de um dia
Onde eu possa descansar
Minhas vontades e ansiedades
No colo dos pequenos sonhos,
Esquecer do tempo e do espaço
E ser apenas eu mesmo
Diante do enigma do mundo
Sem tantos limites e interdições.
sexta-feira, 18 de julho de 2014
OPÇÕES INDIVIDUAIS
O que nos define como indivíduos é o limitado leque de nossos recursos e opções pessoais. Não podemos em nossa elementar singularidade abarcar todas as possibilidades de codificações de mundo e cenários de existência. Somos limitados e é justamente isso que nos desenha nos dias.
quinta-feira, 17 de julho de 2014
APOSTAS PERDIDAS
Não me lembrava das flores depositadas
No horizonte,
Das esperanças perdidas
E das alegrias desfeitas.
Lembrava apenas do aperto no peito,
Daquele vazio que me dizia a vida,
De todas as promessas não cumpridas
E do medo de um dia seguinte.
Não me lembrava dos sonhos que tive,
De todas as minhas ingênuas apostas
Nas cores vivas do mundo
e que justificavam tudo.
No horizonte,
Das esperanças perdidas
E das alegrias desfeitas.
Lembrava apenas do aperto no peito,
Daquele vazio que me dizia a vida,
De todas as promessas não cumpridas
E do medo de um dia seguinte.
Não me lembrava dos sonhos que tive,
De todas as minhas ingênuas apostas
Nas cores vivas do mundo
e que justificavam tudo.
terça-feira, 15 de julho de 2014
AFORISMAS SOBRE POESIA
Devemos viver a poesia como uma codificação erótica da existência.
@
A poesia é o sexo das palavras e a orgia das imaginações.
@
A maior parte da poesia não cabe em nenhum poema.
@
Aquilo que transborda entre o dizer e o silêncio é a matéria prima da poesia.
@
A poesia é o sexo das palavras e a orgia das imaginações.
@
A maior parte da poesia não cabe em nenhum poema.
@
Aquilo que transborda entre o dizer e o silêncio é a matéria prima da poesia.
Assinar:
Postagens (Atom)