O que nos define como indivíduos é o limitado leque de nossos recursos e opções pessoais. Não podemos em nossa elementar singularidade abarcar todas as possibilidades de codificações de mundo e cenários de existência. Somos limitados e é justamente isso que nos desenha nos dias.
Este Blog é destinado ao exercicio ludico de construção da minima moralia da individualidade humana; é expressão da individuação como meta e finalidade ontológica que se faz no dialogo entre o complexo outro que é o mundo e a multiplicidade de eus que nos define no micro cosmos de cada individualidade. Em poucas palavras, ele é um esforço de consciência e alma em movimento...entre o virtual, o real, o simbolo e o sonho.
sexta-feira, 18 de julho de 2014
quinta-feira, 17 de julho de 2014
APOSTAS PERDIDAS
Não me lembrava das flores depositadas
No horizonte,
Das esperanças perdidas
E das alegrias desfeitas.
Lembrava apenas do aperto no peito,
Daquele vazio que me dizia a vida,
De todas as promessas não cumpridas
E do medo de um dia seguinte.
Não me lembrava dos sonhos que tive,
De todas as minhas ingênuas apostas
Nas cores vivas do mundo
e que justificavam tudo.
No horizonte,
Das esperanças perdidas
E das alegrias desfeitas.
Lembrava apenas do aperto no peito,
Daquele vazio que me dizia a vida,
De todas as promessas não cumpridas
E do medo de um dia seguinte.
Não me lembrava dos sonhos que tive,
De todas as minhas ingênuas apostas
Nas cores vivas do mundo
e que justificavam tudo.
terça-feira, 15 de julho de 2014
AFORISMAS SOBRE POESIA
Devemos viver a poesia como uma codificação erótica da existência.
@
A poesia é o sexo das palavras e a orgia das imaginações.
@
A maior parte da poesia não cabe em nenhum poema.
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Aquilo que transborda entre o dizer e o silêncio é a matéria prima da poesia.
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A poesia é o sexo das palavras e a orgia das imaginações.
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A maior parte da poesia não cabe em nenhum poema.
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Aquilo que transborda entre o dizer e o silêncio é a matéria prima da poesia.
segunda-feira, 14 de julho de 2014
IMPULSO E RENOVAÇÃO
Não esperarei pelo dia seguinte,
Pela vontade renovada
Que transformará meu sentimento das coisas.
Partirei agora sem grandes esperanças
Para o outro lado das circunstâncias
Onde se sabe o mundo de ponta cabeça.
Jogarei fora alguns passados,
Algumas emoções e vontades inúteis.
Reaprenderei a vida dançando em minha sombra.
Talvez me sobre até tempo
Para buscar amores.
Pela vontade renovada
Que transformará meu sentimento das coisas.
Partirei agora sem grandes esperanças
Para o outro lado das circunstâncias
Onde se sabe o mundo de ponta cabeça.
Jogarei fora alguns passados,
Algumas emoções e vontades inúteis.
Reaprenderei a vida dançando em minha sombra.
Talvez me sobre até tempo
Para buscar amores.
terça-feira, 8 de julho de 2014
SOBRE A PEQUENEZ DA CONDIÇÃO HUMANA
Embora hoje em dia tanto o modelo cosmológico geocêntrico da antiguidade quanto o heliocêntrico inaugurado por Nicolau Copérnico e consolidado por Kepler e Newton já não expressem nossa imagem contemporânea do universo, o fato é que nossa cultura ainda se baseia na valoração do primado da condição humana como centro de toda existência. As tradições religiosas, que pressupõem essa centralidade através de diversos mitos criacionistas contribuem significativamente para manutenção da falsa ideia de que a vida é algo especial e plena de significação, ignorando a imensidão e mistérios muito mais complexos do universo conhecido que, de muitas maneiras, desafiam o intelecto humano.
A percepção do quanto somos insignificantes, dos limites de todas as nossas possíveis representações e codificações de mundo é um sentimento novo ainda cultivado por poucos.
Lembrando uma famosa declaração de Neil Armstrong, o primeiro homem a pisar na lua,
Tal pequenez, não se associa a qualquer especulação metafísica sobre a grandiosidade da natureza ou de alguma divindade, mas a constatação simples da complexidade da realidade que não pode ser reduzida a qualquer formula dogmática ou universal. O superficial e o perene define melhor o que somos do que qualquer ilusória profundidade e significado último da condição humana.
Somos efêmeros...
A percepção do quanto somos insignificantes, dos limites de todas as nossas possíveis representações e codificações de mundo é um sentimento novo ainda cultivado por poucos.
Lembrando uma famosa declaração de Neil Armstrong, o primeiro homem a pisar na lua,
"De repente eu notei que aquela pequena e bela ervilha azul era a Terra. Eu levantei meu dedão e fechei um olho, e meu dedão cobriu totalmente a Terra. Eu não me senti um gigante. Senti-me muito, muito pequeno.”
Tal pequenez, não se associa a qualquer especulação metafísica sobre a grandiosidade da natureza ou de alguma divindade, mas a constatação simples da complexidade da realidade que não pode ser reduzida a qualquer formula dogmática ou universal. O superficial e o perene define melhor o que somos do que qualquer ilusória profundidade e significado último da condição humana.
Somos efêmeros...
segunda-feira, 7 de julho de 2014
BRINQUEDO QUEBRADO
O desejo partido contemplava um brinquedo quebrado no canto de alguma infância esquecida.
Quanta melancolia cabia naquele sentimento de coisa perdida,
Nos prazeres desfeitos e olhos incrédulos diante do fato.
Era como se todo futuro se evaporasse,
Como se todas as portas e janelas do mundo se fechassem.
Entretanto, era apenas um brinquedo quebrado
E a ingenuidade do mundo de uma criança.
Quanta melancolia cabia naquele sentimento de coisa perdida,
Nos prazeres desfeitos e olhos incrédulos diante do fato.
Era como se todo futuro se evaporasse,
Como se todas as portas e janelas do mundo se fechassem.
Entretanto, era apenas um brinquedo quebrado
E a ingenuidade do mundo de uma criança.
domingo, 6 de julho de 2014
COSMOS
A grande indiferença do universo
transcende as imaginações
e a própria vida.
Somos menos que nada
na manhâ que se inaugura
dentro da gente
além das sombras que enfeitam
as paisagens de nosso pequeno mundo.
Nossa humanidade
é uma verdade muda...
transcende as imaginações
e a própria vida.
Somos menos que nada
na manhâ que se inaugura
dentro da gente
além das sombras que enfeitam
as paisagens de nosso pequeno mundo.
Nossa humanidade
é uma verdade muda...
sábado, 5 de julho de 2014
ESPERANÇAS
Viverei os descasos do acaso
até o limite das imaginações.
Quero crescer nas pequenas coisas,
embriagar minhas esperanças
e fazer de conta
que a tristeza não conta,
que as incertezas não importam.
De que outra forma
suportaria o dia seguinte?
sexta-feira, 4 de julho de 2014
AINDA NÃO SOMOS HUMANOS
Contrariando toda mitologia e representações do sagrado que inspiraram civilizações e sociedades, ouso dizer que a humanidade ainda é uma possibilidade futura. Até agora fomos apenas mamíferos muito esquisitos tumultuando a face da terra.
Somos portadores de um cérebro complexo. Mas ainda não percebemos o quanto somos apenas tudo que ele é...
quinta-feira, 3 de julho de 2014
O PESADELO DA FELICIDADE
Caso um dia
Se torne perfeita a vida,
Nos restará o consolo de
Morrer de tédio,
De chorar o vazio
Do sempre igual das coisas.
Seremos mínimos, previsíveis
E chatos,
Diante de um mundo
Não mais questionável.
Se torne perfeita a vida,
Nos restará o consolo de
Morrer de tédio,
De chorar o vazio
Do sempre igual das coisas.
Seremos mínimos, previsíveis
E chatos,
Diante de um mundo
Não mais questionável.
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