Acreditar em um mundo encantado por forças que transcendem nossa compreensão e influenciam a nossa vida, em um invisível mágico, no dualismo corpo e espirito, é uma postura que contraria o grau de emancipação alcançado pela autoconsciência, pela autonomia do sentimento de si mesmo proporcionado pela plena consciencia da própria individualidade hoje possível na cultura ocidental contemporânea como em nenhuma outra época histórica.
Em outros termos, a inercia do canone cultural ocidental, marcado pela tradição judaicocristã, frente a emergência de uma contracultura que remonta a crise da tradição racional e se traduz em sua forma mais sofisticada através da filosofia de Nietsczche e heidigger, na reviravolta da percepção estetica das vanguardas esteticas do seculo XX, parece ter criado um discompasso entre a vida do pensamento e a vida cotidiana.
Vivemos em um mundo cada vez mais codificado pelo saber cientifico e pelas tecnologias mas que ao mesmo tempo ainda se ancora em formatações e ideias arcaicas de realidade. Desta forma, pode-se dizer que hoje em dia tradição e cultura encontram-se em franca oposição
A maioria das pessoas prefere viver como antigamente.