Sei que o dia seguinte
Não será outra coisa além
Da maior incerteza
Do dia anterior.
Não saberei melhor
A vida ou as pessoas
Com o passar das coisas,
Nem me tornarei
Uma versão mais satisfatória
De mim mesmo
Este Blog é destinado ao exercicio ludico de construção da minima moralia da individualidade humana; é expressão da individuação como meta e finalidade ontológica que se faz no dialogo entre o complexo outro que é o mundo e a multiplicidade de eus que nos define no micro cosmos de cada individualidade. Em poucas palavras, ele é um esforço de consciência e alma em movimento...entre o virtual, o real, o simbolo e o sonho.
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
terça-feira, 24 de setembro de 2013
O DESESPERO DA VONTADE
Quero que o tempo passe,
Que o pensamento
Me escape,
Que todas as coisas
Percam inteiramente
O sentido,
Até que eu consiga
Respirar
Sem tantas angustias.
Quero viver
Como se fosse outro,
Como se não fosse...
Escancarar portas e janelas
Para receber tempestades.
Que o pensamento
Me escape,
Que todas as coisas
Percam inteiramente
O sentido,
Até que eu consiga
Respirar
Sem tantas angustias.
Quero viver
Como se fosse outro,
Como se não fosse...
Escancarar portas e janelas
Para receber tempestades.
SOLIDÃO E SILÊNCIO
As janelas do apartamento
Estão fechadas.
Não quero saber nada
Sobre o mundo lá fora.
Prefiro fingir
Que toda realidade possível
É mínima e minha
Nesta pessoal fantasia
De individualidade e humanidade
Que sou.
Por favor,
Não me incomodem com jornais,
Questões sociais
Ou impasses de sociedade.
Não suporto perplexidade,
Pessoas e cidades.
Estão fechadas.
Não quero saber nada
Sobre o mundo lá fora.
Prefiro fingir
Que toda realidade possível
É mínima e minha
Nesta pessoal fantasia
De individualidade e humanidade
Que sou.
Por favor,
Não me incomodem com jornais,
Questões sociais
Ou impasses de sociedade.
Não suporto perplexidade,
Pessoas e cidades.
segunda-feira, 23 de setembro de 2013
A CHUVA
A chuva quebrou o encanto da tarde.
E eu,
Que já não pensava,
Que já não queria,
Que não mais sentia,
Chorei a dor
De todas as minhas ausências,
Solidões e impasses
Desfeito naquela chuva...
E eu,
Que já não pensava,
Que já não queria,
Que não mais sentia,
Chorei a dor
De todas as minhas ausências,
Solidões e impasses
Desfeito naquela chuva...
domingo, 22 de setembro de 2013
A MISÉRIA DA VERDADE
Jamais haverá
Qualquer beleza na verdade.
Apenas dúvidas,
Ilusões e erros.
Sua ciência é feita
De enganos metafísicos
E cotidianos.
Sua história
É uma triste coleção
De trágicos naufrágios,
De progressos despedaçados.
A verdade é triste
E tem pesadelos
A beira do abismo.
quinta-feira, 19 de setembro de 2013
UNO
Estou hoje vazio de tudo
E de todos,
Inteiramente sozinho
E inquieto,
Profundamente imerso
Em mim mesmo
Até o limite da existência.
Estou hoje sufocado
Pelo meu próprio silêncio...
E de todos,
Inteiramente sozinho
E inquieto,
Profundamente imerso
Em mim mesmo
Até o limite da existência.
Estou hoje sufocado
Pelo meu próprio silêncio...
terça-feira, 17 de setembro de 2013
AUSÊNCIAS
Ausências decoravam o momento,
Corriam soltas pelo labirinto dos dias
Enquanto eu apenas tentava inutilmente reencontrar
O irremediavelmente perdido de mim mesmo.
Mas já era tarde...
Muito tarde para responder as ausências que me ardiam no peito.
Corriam soltas pelo labirinto dos dias
Enquanto eu apenas tentava inutilmente reencontrar
O irremediavelmente perdido de mim mesmo.
Mas já era tarde...
Muito tarde para responder as ausências que me ardiam no peito.
domingo, 15 de setembro de 2013
FOTOGRAFIAS
Aprendi com o tempo
Que as fotografias
Não passam de objetos sem vida,
Que não dizem se quer
Aquilo que registram.
Por isso não cultivo
Álbuns de fotos antigas,
Lembranças portáteis
Que não valem
Uma só migalha
De agora.
quinta-feira, 12 de setembro de 2013
META SOLIDÃO
Tantas são as coisas enterradas em meu silêncio, que não
consigo mais escutar meus monólogos. Agora, a transparência e incerteza do
mundo me atrapalha o fanho discurso. È como
se as palavras perdessem a aura, o brilho mágico de qualquer abstrato
significado que as justificasse como estratégia de inútil evasão do ordinário
cotidiano.
É como se de repente todas as janelas e portas da
consciência estivessem fechadas e mudas, convertendo cada pensamento em
uma sufocante prisão ou em um bizarro exílio
de mim mesmo onde tudo parece menos que nada....
quarta-feira, 11 de setembro de 2013
A VIDA PERDIDA
A vida que eu buscava
Permanece perdida
Entre os escombros
Da realidade,
Permanece rendida
Pelos fatos,
Desencontrada
De mim e de tudo,
Na agonia das mais simples
Esperanças de dia a dia
Ou de um amanhã sem carrascos....
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