quinta-feira, 12 de setembro de 2013

META SOLIDÃO



Tantas são as coisas enterradas em meu silêncio, que não consigo mais escutar meus monólogos. Agora, a transparência e incerteza do mundo me  atrapalha o fanho discurso. È como se as palavras perdessem a aura, o brilho mágico de qualquer abstrato significado que as justificasse como estratégia de inútil evasão do ordinário cotidiano.


É como se de repente todas as janelas e portas da consciência estivessem fechadas e mudas, convertendo cada pensamento em uma  sufocante prisão ou em um bizarro exílio de mim mesmo onde tudo parece menos que nada....

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

A VIDA PERDIDA



A vida que eu buscava
Permanece perdida
Entre os escombros
Da realidade,
Permanece rendida
Pelos fatos,
Desencontrada
De mim e de tudo,
Na agonia das mais simples
Esperanças de dia a dia
Ou de um amanhã sem carrascos....

INTERDITO



Vamos caminhar
Sobre as letras
De uma manhã de sol,
Adivinhar uma nova gramática
E afogar em um beijo
Todas as dúvidas
De noites passadas.
Vamos aprender a poesia
No escuro do nosso destino
Como se não houvesse amanhã
Nas urgências pobre dos fatos.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

QUANDO NAVEGAR É IMPOSSIVEL



Afundar na maré
Pode não ser tão ruim
Quando se cansa
De passar a vida
À margem
Esperando a oportunidade
De navegar.
Pois se os sonhos
Não são mais possíveis
Que um sono nos diga
A profundidade do horizonte...

FALTA DE TEMPO



Quem espera alguma coisa acontecer constrói uma relação angustiada com o tempo. Trata-se de uma angustia cronológica ,uma consciência da pequenez da temporalidade quando despida de qualquer sentimento de eternidade. 

Não há como evitar a angustia  diante do sentimento de que o tempo nos escapa, que é escasso e limitado  a ponto dos nossos pequenos atos ficarem demasiadamente apertados dentro dele.

A falta de tempo é uma condição psicológica da contemporaneidade que nos revela o quanto a vida imediata e efêmera de todos os dias vem se tornando cada vez mais inadminstravel.