Cala vento!
Deixa a janela quieta!
Não acorda a dor
Que aqui dentro
Imensa
Pede silencio
Entre um gole e outro
De agonia.
Deixa a vida mansa
E inútil
Naquele canto escuro
De sala e melancolia.
Este Blog é destinado ao exercicio ludico de construção da minima moralia da individualidade humana; é expressão da individuação como meta e finalidade ontológica que se faz no dialogo entre o complexo outro que é o mundo e a multiplicidade de eus que nos define no micro cosmos de cada individualidade. Em poucas palavras, ele é um esforço de consciência e alma em movimento...entre o virtual, o real, o simbolo e o sonho.
quinta-feira, 8 de agosto de 2013
MOMENTO TRISTE
Neste momento morno
Mato o tempo
Escrevendo a vida
Que não vivo,
Querendo qualquer
Outro dia
Onde eu respire os fatos
No sabor dos atos
E saiba sofrer
Cada desencanto
Como um faço um poema
Inacabado.
Mato o tempo
Escrevendo a vida
Que não vivo,
Querendo qualquer
Outro dia
Onde eu respire os fatos
No sabor dos atos
E saiba sofrer
Cada desencanto
Como um faço um poema
Inacabado.
quarta-feira, 7 de agosto de 2013
SEM EXPECTATIVAS
Dissociado e provisório
Vivo o suceder dos dias,
Os excessos de melancolia
E os abstratos questionamentos
Sobre o pouco da condição humana.
Não espero razões ou certezas
Que me sustentem o rosto
No passeio publico,
Muito menos o conforto
De um beijo sob o tumulto
Do meio dia.
Não espero nada
E, ao mesmo tempo,
Quero tudo que valha
Contra os ocasos
Dos meus lutos.
Vivo o suceder dos dias,
Os excessos de melancolia
E os abstratos questionamentos
Sobre o pouco da condição humana.
Não espero razões ou certezas
Que me sustentem o rosto
No passeio publico,
Muito menos o conforto
De um beijo sob o tumulto
Do meio dia.
Não espero nada
E, ao mesmo tempo,
Quero tudo que valha
Contra os ocasos
Dos meus lutos.
terça-feira, 6 de agosto de 2013
CANTO DE NOITE
Qualquer canto de noite
Abriga
Meus silêncios,
Sorrisos quebrados,
Ausências,
Vazios
E desesperos contidos.
Qualquer canto de noite
Me abraça a sombra
Em festa de inquietações,
Gritos e desatinos,
Contra a vida morna
De todos os dias.
Abriga
Meus silêncios,
Sorrisos quebrados,
Ausências,
Vazios
E desesperos contidos.
Qualquer canto de noite
Me abraça a sombra
Em festa de inquietações,
Gritos e desatinos,
Contra a vida morna
De todos os dias.
segunda-feira, 5 de agosto de 2013
DESPEDIDA
Rasguei
Os passados que nos prendiam
As inercias do futuro,
Fiquei decomposto
E vazio,
A espera, talvez,
Que o instante seguinte
Desfizesse o equivoco
De nossas compartilhadas
Memórias.
Os passados que nos prendiam
As inercias do futuro,
Fiquei decomposto
E vazio,
A espera, talvez,
Que o instante seguinte
Desfizesse o equivoco
De nossas compartilhadas
Memórias.
quinta-feira, 18 de julho de 2013
DESILUSÃO
Quando o mundo
Acordou
Para os meus sonhos
Tinha abandonado
Minhas ilusões,
Já não precisava
Ser feliz
Ou acalentar certezas
No coração.
Precisava apenas
Erguer os olhos ao nada
E seguir sem rumo
Pelo deserto das imaginações.
Acordou
Para os meus sonhos
Tinha abandonado
Minhas ilusões,
Já não precisava
Ser feliz
Ou acalentar certezas
No coração.
Precisava apenas
Erguer os olhos ao nada
E seguir sem rumo
Pelo deserto das imaginações.
terça-feira, 16 de julho de 2013
DOIS FRAGMENTOS SOBRE CONTEMPORANEIDADE E CULTURA OCIDENTAL
Em toda historia da humanidade nenhuma outra cultura engendrou tão profundamente em seu dinamismo sua própria desconstrução como no caso da civilização ocidental. A barbárie representada pelas duas grandes guerras do século XX é a mais crua expressão de suas contradições, da fratura simbólica definida pela dissociação entre vida cultural e material, entre a existência como projeção coletiva e como experiência singular que dilacera o Ocidente.
Na cultura ocidental o virtual é a essência do próprio real enquanto potencia, enquanto aquilo que nunca foi, permanecendo como um abstrato e vazio ideal que, entretanto, persiste equivocadamente como realidade figurada. Vive-se, assim, do que não se é, contra todos os absurdos da realidade cotidiana.
Apesar da aparente ordem das coisas, nossas angustias, medos, frustrações, repressões e vontades estão longe do apaziguamento pretendido pela jaula cultural. Poder-se-ia dizer mesmo que nos lançamos cada vez mais ao domínio selvagem do extraterritorial de uma pós cultura.
Na cultura ocidental o virtual é a essência do próprio real enquanto potencia, enquanto aquilo que nunca foi, permanecendo como um abstrato e vazio ideal que, entretanto, persiste equivocadamente como realidade figurada. Vive-se, assim, do que não se é, contra todos os absurdos da realidade cotidiana.
Apesar da aparente ordem das coisas, nossas angustias, medos, frustrações, repressões e vontades estão longe do apaziguamento pretendido pela jaula cultural. Poder-se-ia dizer mesmo que nos lançamos cada vez mais ao domínio selvagem do extraterritorial de uma pós cultura.
@
Na cultura ocidental ordem e barbárie coincidem de tal forma que o crime é apenas uma questão de formalidade. Pois as pequenas e grandes perversões são amplamente praticadas na esfera privada, aceitáveis, desde que realizadas fora do alcance dos olhos da multidão para qual, diga-se de passagem, o comportamento ideal estipulado pelas convenções éticas não passam de fachada e aquilo que é convencionalmente certo ou errado é mera questão de conveniência. Não há limites em tal cultura para o exercício do primitivismo.
domingo, 14 de julho de 2013
O ANDARILHO
Sem qualquer razão
O andarilho
Seguia em frente.
Pura e simplesmente
Se reinventava
Em cada passo
Se desfazendo
Aos poucos
Pelo caminho.
Sozinho e sem sentimenos
Ele escutava apenas
O eco de sua própria voz
E caminhava....
sexta-feira, 12 de julho de 2013
MERCANTILIZAÇÃO SIMBOLICA
A degradação da esfera pública é proporcional à deterioração da dimensão privada da vida. Ambos os processos estão associados à franca decadência do individuo, a sua decomposição ou redução á unidade numérica e mimética do amorfo da massa e da coletividade articulada pelo “consumo”.
Já não é novidade a redução de todos à condição de consumidores, não propriamente no sentido mercantil da palavra, mas em sua dimensão simbólica e intersubjetiva. Consumimos o próprio desejo no aprendizado social da necessidade e do querer, na nossa conversão a condição de artificio, de predicado de grandezas simbolicas.
Somos hoje meros apêndices das significações das coisas, seus instrumentos, suas moedas absolutas.
Já não é novidade a redução de todos à condição de consumidores, não propriamente no sentido mercantil da palavra, mas em sua dimensão simbólica e intersubjetiva. Consumimos o próprio desejo no aprendizado social da necessidade e do querer, na nossa conversão a condição de artificio, de predicado de grandezas simbolicas.
Somos hoje meros apêndices das significações das coisas, seus instrumentos, suas moedas absolutas.
quarta-feira, 10 de julho de 2013
O DESESPERO DAS PALAVRAS
Palavras dilaceradas,
Mutiladas
E sanguinolentas
Espalhadas pela pessoal
Gramatica das mais nervosas
Imaginações
Não encontram o abrigo
Da folha em branco,
Não encontram gritos
Em olhos nervosos
Ou a determinação
De qualquer propósito.
Apenas acontecem
Na desarticulação
Mais profunda dos dias.
Mutiladas
E sanguinolentas
Espalhadas pela pessoal
Gramatica das mais nervosas
Imaginações
Não encontram o abrigo
Da folha em branco,
Não encontram gritos
Em olhos nervosos
Ou a determinação
De qualquer propósito.
Apenas acontecem
Na desarticulação
Mais profunda dos dias.
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