Todas as coisas que através de mim acontecem não se explicam por qualquer determinação da minha vontade. Elas simplesmente ocorrem por imperativo do acaso em um amontoado informe de sensações, pensamentos, pessoas, objetos, ilusões e fatos que se entrelaçam no caos da vida espontaneamente. Inútil buscar explicações ou razões para o que não tem o mínimo proposito ou motivo.
Tudo apenas acontece através de mim...
Sou apenas um ponto cego no ilegível de um universo em constante expansão e que se quer me percebe ou sabe em seu devir.
Este Blog é destinado ao exercicio ludico de construção da minima moralia da individualidade humana; é expressão da individuação como meta e finalidade ontológica que se faz no dialogo entre o complexo outro que é o mundo e a multiplicidade de eus que nos define no micro cosmos de cada individualidade. Em poucas palavras, ele é um esforço de consciência e alma em movimento...entre o virtual, o real, o simbolo e o sonho.
quinta-feira, 4 de julho de 2013
ILEGIVEL
Palavras, vontades,
Gestos e silêncios,
Não dizem quantos
Sou
Embaralhado
Em minhas dores
E gritos.
Não me habitam
Motivos
Ou justificativas.
Apenas meu andar
De bêbado
Explica
O roto
Do meu acontecer
No tempo...
Gestos e silêncios,
Não dizem quantos
Sou
Embaralhado
Em minhas dores
E gritos.
Não me habitam
Motivos
Ou justificativas.
Apenas meu andar
De bêbado
Explica
O roto
Do meu acontecer
No tempo...
quarta-feira, 3 de julho de 2013
ESPERA
Meus melhores sentimentos
Não conhecem o mundo,
Não cabem em nenhuma palavra.
Permanecem aqui dentro
Enterrados
A espera de um dia de sol
E azul profundo.
Não conhecem o mundo,
Não cabem em nenhuma palavra.
Permanecem aqui dentro
Enterrados
A espera de um dia de sol
E azul profundo.
segunda-feira, 1 de julho de 2013
NOITE DE CHUVA E DIA
Gosto da chuva
Arranhando a rotina,
Dificultando os hábitos
E irritando as pessoas
Que aceleram os passos
Desajeitadamente.
Gosto de ver a cidade
Em tumulto,
Em brutalidade suave e aquática,
Que espanca telhados
E veste de rio as
ruas.
domingo, 30 de junho de 2013
A MISÉRIA DE PENSAR
Penso
Com os nervos
Desesperadamente
A vida impossível
E urgente
Que a cada instante
A existência me rouba.
Penso contra
Mim mesmo
E contra o mundo,
Contra o impossível
Da realidade.
Penso com tanta gana,
Fome
E deespero
Que me desencontro
Do mais próprio do pensamento.
quarta-feira, 26 de junho de 2013
QUARTO ESCURO
A luz apagou de repente
Me deixando em um canto
De límpida treva.
Já não havia mais
Qualquer
Jogo barroco bobo
Entre claro e escuro,
Apenas o turvo
De minhas imaginações,
Vontades e raiva
De uma realidade
Que se tremia de medo
Perante minha desesperada
E parca vaidade.
Toda solidão do mundo
Ria na platéia daquele episódio.
terça-feira, 25 de junho de 2013
MEU MUNDO
Meu mundo é pequeno,
Menor do que
Meus pensamentos,
Do que minhas necessidades
E vontades.
Não há nele
Nada de especial
Ou excepcional.
Por isso
Meu maior objetivo
É descobrir outros mundos...
segunda-feira, 24 de junho de 2013
LIMITE DA PALAVRA
Muitas palavras
Decoram meu rosto
E atos
No banal acaso cotidiano.
A maior parte
Não vale um travo
De angustia,
Não aponta
Para o não dito
Que aos poucos
Me devora
Roubando o sentido
Do mundo.
Tantas palavras vãs...
O sentir não cabe nelas,
Minhas vontades
Não lhes preenchem.
Mas ninguém escuta
O incomunicável.
Decoram meu rosto
E atos
No banal acaso cotidiano.
A maior parte
Não vale um travo
De angustia,
Não aponta
Para o não dito
Que aos poucos
Me devora
Roubando o sentido
Do mundo.
Tantas palavras vãs...
O sentir não cabe nelas,
Minhas vontades
Não lhes preenchem.
Mas ninguém escuta
O incomunicável.
ALEM DE TODA ESPERANÇA
Estou farto
Da esperança,
Deste estranho encanto
Que nos faz crer
No que queremos.
Já aprendi
Que a vida nunca atende
Nossas vontades.
Não importa o quanto
A persigamos
existência a fora
com a gana de um selvagem.
A vida nunca atende
As nossas vontades...
Da esperança,
Deste estranho encanto
Que nos faz crer
No que queremos.
Já aprendi
Que a vida nunca atende
Nossas vontades.
Não importa o quanto
A persigamos
existência a fora
com a gana de um selvagem.
A vida nunca atende
As nossas vontades...
A MORTE DA FLOR
Presto minha homenagem
A solitária flor
Que sob chuva e vento
Se desfaz aos poucos,
Pétala por pétala,
Naquele esquecido
Jardim
De ermo de mundo.
Desaparece
Em silêncio
Na agonia cândida
De um fim resignado.
A solitária flor
Que sob chuva e vento
Se desfaz aos poucos,
Pétala por pétala,
Naquele esquecido
Jardim
De ermo de mundo.
Desaparece
Em silêncio
Na agonia cândida
De um fim resignado.
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