quinta-feira, 7 de junho de 2012

IMAGINAÇÃO E INDIVÍDUO


Livre e desprendido
Diante do mundo
Cada individuo
Escreve em seus atos
Pequenas histórias
De simples liberdade
Conforme a pluralidade
De seus eus perdidos
E futuros
Construídos nas imaginações
Das coisas...

CAMINHO


Abri  a porta
Do infinito humano
De existir no mundo.
Não há mais limites
Para o aqui e agora
De nossas possibilidades,
Apenas a vida
Decorando em silêncio
Janelas abertas no fundo da rua.

Só importa seguir em frente...

terça-feira, 5 de junho de 2012

FRAGMENTO SOBRE A HUMANIDADE DO VIVER O MUNDO



A produção de significados é inerente ao ato de viver,
Mas a produção de sentidos
É um denso trabalho de imaginação
Que nos ocupa toda a existência de um individuo
Interrompendo-se sem conclusões
Através do definitivo e injusto  silêncio
Da morte...
O SENTIDO DA VIDA
É SEU GRATUITO INACABAMENTO...

quarta-feira, 30 de maio de 2012

NOTA SOBRE A INFÂNCIA


O que sei de mim mesmo nos primeiros tempos dos meus mais simples dias?
Memórias de infância são tão vagas e vazias... Tão alegóricas, que quase não falam os fatos que lhe inspiram no mais recuado e abstrato acontecer intimo da existência.
Ouso afirmar que memórias de infância pertencem, definitivamente, ao domínio do onírico, do fantasioso, as brumas  de um tempo em que ainda não nos reconhecíamos no concreto do mundo e a imaginação era mais efetiva que a consciência das palavras ou das coisas.
Em termos simples, nada tenho a dizer sobre meus mais remotos dias que caiba sem equívocos, no rosto de uma folha de papel...

terça-feira, 29 de maio de 2012

NIETZCHE: SOBRE INDIVIDUAÇÃO E CONFLITO DE GERAÇÕES


Uma curiosa passagem de Nietzsche sobre o conflito de gerações e, ao mesmo tempo, sobre a individuação, temas fundamentais para história cultural do século XX e, ainda, em grande medida, do século XXI,  mesmo que aqui elas se apresentem  em um contexto que tem como pano de fundo as inquietações do imaginário cultural de fins do oitocentos:

268-PARA A HISTÓRIA DA GUERRA NO INDIVÍDUO
"Encontramos condensada numa única vida humana, que passa por várias culturas, a luta que geralmente se desenrola entre duas gerações, entre pai e filho: a proximidade do parentesco aguça esta luta, porque cada uma das partes nela envolve impiedosamente o intimo da outra parte, que tão bem conhece; e assim é num só indivíduo que essa luta será mais  encarniçada; neste caso, cada nova fase passa por cima das precedentes com uma injustiça e um conhecimento cruéis de seus meios e de seus fins.”

F. Nietzsche in Humano, Demasiadamente Humano