quarta-feira, 30 de maio de 2012

NOTA SOBRE A INFÂNCIA


O que sei de mim mesmo nos primeiros tempos dos meus mais simples dias?
Memórias de infância são tão vagas e vazias... Tão alegóricas, que quase não falam os fatos que lhe inspiram no mais recuado e abstrato acontecer intimo da existência.
Ouso afirmar que memórias de infância pertencem, definitivamente, ao domínio do onírico, do fantasioso, as brumas  de um tempo em que ainda não nos reconhecíamos no concreto do mundo e a imaginação era mais efetiva que a consciência das palavras ou das coisas.
Em termos simples, nada tenho a dizer sobre meus mais remotos dias que caiba sem equívocos, no rosto de uma folha de papel...

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