O que sei de mim mesmo nos primeiros tempos dos meus mais simples dias?
Memórias de infância são tão vagas e vazias... Tão alegóricas, que
quase não falam os fatos que lhe inspiram no mais recuado e abstrato acontecer
intimo da existência.
Ouso afirmar que memórias de infância pertencem, definitivamente, ao
domínio do onírico, do fantasioso, as brumas de um tempo em que ainda não nos reconhecíamos
no concreto do mundo e a imaginação era mais efetiva que a consciência das
palavras ou das coisas.
Em termos simples, nada tenho a dizer sobre meus mais remotos dias que caiba
sem equívocos, no rosto de uma folha de papel...
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