Recolhido as inercias de minhas certezas,
ao cotidiano de ilusões e sentimentos
que me limitam,
sei o mundo apenas
através da janela
da minha cela de existência.
Sei quase nada,
Enquanto milhões de destinos
Acontecem por ai
Ofuscando uns aos outros
Na confusão do acontecer da existência.
Este Blog é destinado ao exercicio ludico de construção da minima moralia da individualidade humana; é expressão da individuação como meta e finalidade ontológica que se faz no dialogo entre o complexo outro que é o mundo e a multiplicidade de eus que nos define no micro cosmos de cada individualidade. Em poucas palavras, ele é um esforço de consciência e alma em movimento...entre o virtual, o real, o simbolo e o sonho.
segunda-feira, 14 de maio de 2012
FINITUDE
Não faz diferença se estamos
Em terra, mar
Ou em qualquer
Exótica parte de mundo,
Todos os lugares
São iguais para o tempo
Que nos consome.
Sujeitos aos seus caprichos
Seguimos a vida
Negando a cruel certeza
De nossa intimo nada....
É isso que nos faz
Humanos no abstrato
Da mais banal finitude...
sexta-feira, 11 de maio de 2012
A PERMANENÇA DO NOVO
Talvez seja tarde demais para mudar de tempo, deixar para traz tudo aquilo que se perdeu em vontades e verdades de momento, como se todos os futuros não fossem um ato de passado urgente.
Apesar disso, reinventar permanentemente o efêmero na urgência das pequenas coisas é uma premissa do acontecer da vida, uma necessidade de consciência que nunca se esgota.
Serei, portanto, amanhã qualquer outro de mim mesmo tropeçando no tempo até o limite do caos do meu vago sentimento de mundo através de lugares e pessoas.
Serei em um tudo, no mais profundo sentido, apenas um individuo desfeito entre o acontecer das coisas...
segunda-feira, 7 de maio de 2012
O NOVO DOS DIAS
Vivemos no tempo do vento,
Do transformar-se aleatório
E constante
Das coisas que compõem a existência.
Percorremos serenamente atônicos
Os labirintos da consciência
Em busca de qualquer imagem
Ou palavra
Que nos reapresente o mundo
Entre as ruinas das imaginações
Passadas e perdidas
Como uma possibilidade futura...
Do transformar-se aleatório
E constante
Das coisas que compõem a existência.
Percorremos serenamente atônicos
Os labirintos da consciência
Em busca de qualquer imagem
Ou palavra
Que nos reapresente o mundo
Entre as ruinas das imaginações
Passadas e perdidas
Como uma possibilidade futura...
NOTA SOBRE O PARTICULARISMO
A Contemporaneidade reinventou a dimensão privada da vida elevando-a a um status novo no devir social. Agora os particularismos se tornaram preeminentes no acontecer da diversidade cultural que nos define enquanto coletividade humana.
Os pequenos interesses de todos os dias, nossas representações privadas do acontecer das coisas ou, simplesmente, nossas micro demandas, são cada vez mais visíveis no cenário publico, tornam-se cada vez mais parte de seu próprio acontecer.
O mundo apenas palidamente ainda é representado a partir de premissas ou valores universais, pois estamos diante de uma tendência radical à afirmação de uma cultura das diferenças inspirada pela concretude e imediatismo de nossas causas públicas. Novidade que desencadeia singulares preções sobre as representações mais conservadoras do mundo cotidianamente vivido.
ATEMPORALIDADE
Livre de todos os futuros, procuro reinventar o presente no redimensionamento de todos os meus passados, no assombroso explodir do aqui e agora na justaposição de imagens atemporais que configuram em todos os tempos a nudez do agora.
Coleciono sentimentos e retratos do mundo que nascem sem data, sem marcas de lugares e momentos, para habitar os artificiais paraísos da mais imediata memoria das coisas que inspiram evasões e devaneios sem o peso do tempo que me passa agora...
sábado, 28 de abril de 2012
VIRTUALIDADE CÓSMICA
Tenho agora
Diante de mim
Um dia qualquer
Sem sol ou vento
Onde me cabe apenas
Viver
Em individual silêncio
O caos profundo do mundo.
De que outro modo
Poderia ser?
Todas as minhas vontades
São tão urgentes
Que se desfazem no ar
E
me surpreendo
Em tudo
Apenas um corpo
Em movimento
Em lugar algum
De universo
A sonhar sem inércias
A própria realidade...
TEMPESTADE
A chuva transformou bruscamente a rotina e o
dia; levou consigo todos os protocolos e rotinas, reinventando a paisagem
urbana em desabrigos. Não há mais onde ficar ou para onde ir. Se quer estou
aqui e agora onde penso enquanto se afogam meus pensamentos...
A existência apenas desapareceu
nas águas do céu e plena consciência do hiato que há entre a vida e o tempo...
sexta-feira, 27 de abril de 2012
LINGUAGEM E MORTE DA FILOSOFIA TRADICIONAL
Conceitos e preposições
gramaticais normalmente nunca estão em acordo.
Até o presente momento histórico
nossas codificações de realidade nunca incorporaram o corpo, a consciência,
como produto do "inconsciente biológico" e matriz de toda codificação do concebível ...
Nunca fomos reduzidos a linguagem
como um componente físico, como um neuro linguístico ato de inventar rostos e
mundos no mero devir físico químico de
nossa fisiológica condição humana....
Mas o fato é que hoje em dia toda tradição, tradução metafisica e filosofica do mundo está morta...
quinta-feira, 26 de abril de 2012
NOTA SOBRE PRAGMATISMO ANARQUICO
A simultânea pluralidade intima de um indivíduo, suas diversas possibilidades e tendências de consciência de si mesmo dentro do mundo, escrevem a incerteza como condição de seu próprio existir na economia dos atos cotidianos.
Não se deve, portanto, esperar de qualquer individuo qualquer rígida coerência com qualquer ethos ou representação social de si mesmo, apenas o pragmatismo anárquico de suas escolhas de dia a dia condicionadas as opções definidas por seu quadro cognitivo.
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