A contemporaneidade é por excelência a época do devir onde as representações do passado já não são mais uma referência de identidade. Elas se converteram em um reservatório de imagens e referências virtuais onde o agora vivido descobre suas metamorfoses no contínuo de um presente que se estende em todas as direções.
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A indiferença , o desinteresse pelo correr aleatório das coisas, é um modo de, deslocados do acontecer do mundo, nos concentramos em nossa individualidade, explorar a superfície infinita de nossos pensamentos .
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De todas as experiências instintivas humanas o medo é aquela que mais diretamente se relaciona com a imaginação. Afinal, não precisamos estar diante de uma ameaça real para sofrermos medo. Ele nos invade de modo arrebatador e irracional, não raramente personificando-se em coisas e situações que objetivamente não o justificam...
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Já não são nossas certezas que dão o tom de nossa experiência de existência, mas nossas incertezas e o sentimento de banalidade que agora parece definir todas as coisas humanas.