Seu rosto
Espalhado no caos
Desafiava o dia
Que sonolento
Reinventava o tempo
Em preguiças.
As horas
Já não trajavam significados,
Vagavam nuas
Nos pensamentos das pedras
Enquanto eu
Serenamente dialogava
Com os demônios da sua lembrança
As margens de um devaneio....
Este Blog é destinado ao exercicio ludico de construção da minima moralia da individualidade humana; é expressão da individuação como meta e finalidade ontológica que se faz no dialogo entre o complexo outro que é o mundo e a multiplicidade de eus que nos define no micro cosmos de cada individualidade. Em poucas palavras, ele é um esforço de consciência e alma em movimento...entre o virtual, o real, o simbolo e o sonho.
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
O CELEBRO CONTRA A ALMA
Realizamos futuros fazendo crescer o passado que nos carrega por dentro, constantemente multiplicando as possibilidades daquilo que somos e que seremos, tornando cada vez mais nítidas as possibilidades infinitas de nossos cérebros em funcionamento...
Em tempos de radical contemporaneidade de todas as coisas da cultura humana, o tradicional dualismo alma e corpo foi superado pela nova ciência do cérebro, pela definição de tudo aquilo que é “humano” pelo complexo acontecer de nossa estrutura cerebral. Tal acontecer, afinal, é o que nos torna biologicamente singulares na vida animal sobre a terra, é nossa capacidade de reinventar a vida no não lugar do pensamento e da reflexão através de uma consciência radical de nós mesmos e das coisas exteriores...
Em poucas palavras, o que antes se definia como “alma” não passa do mero acontecer cerebral em cada individuo da espécie....
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
DO EU AO EU EM MOVIMENTO
Em todas as coisas
Que faço
Procuro estar
Um passo a frente
De mim mesmo
Seguindo os segredos
Da minha própria sombra,
Reinventando-me
Permanente e provisoriamente
Nas infinitas possibilidades
Do vivido dos fatos....
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
AFORISMAS SOBRE A EXTERIORIDADE DA EXISTÊNCIA
As vezes penso a vida como um sonho defeituoso onde somos inventados por nossos mais banais e profundos desejos...
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A necessidade é o que nos define na existência... necessidade de viver mais nas coisas do que no indeterminado de si mesmo...
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Aconteço o tempo todo no mundo, nunca em mim mesmo...
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O outro do mundo é positiva e negativamente o alimento de nossa individualidade...
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Dou mais valor a qualidade de uma pergunta do que a precisão de qualquer resposta...
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Geralmente, percebo que estou errado quando ninguém me critica...
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
POEMA OPACO
Entre os dias
E as noites
Cada um
se inventa um mundo.
Mas quase
Não nos percebemos
No mecânica fazer das coisas.
Nossa realidade não cabe
em nossas rotinas.
em nossas rotinas.
domingo, 13 de novembro de 2011
SOBRE O PERDER-SE DOS DIAS
Sou feito
De sombras e sonhos,
De acasos e incertezas,
Que no absurdo do possível
De meramente acontecer
Em cada novo dia,
Afirmam-se contra um mundo aberto
Em infinitas possibilidades
De mim mesmo...
Sou feito de aventura
E vento.
terça-feira, 8 de novembro de 2011
PASSA TEMPO
Passo distraído
De um momento
A outro
Buscando respostas
Para os silêncios
Que povoam
O profundo das horas,
Corro de um instante
A outro
Fugindo do tempo
Que me persegue...
De um momento
A outro
Buscando respostas
Para os silêncios
Que povoam
O profundo das horas,
Corro de um instante
A outro
Fugindo do tempo
Que me persegue...
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
CONTRA CULTURA HOJE
Em suas diversas manifestações contemporâneas, a contracultura permanece hoje como um sinônimo de questionamento radical das vigentes e corriqueiras convenções coletivas de realidade, através do lúdico, do hedonismo, do riso e da afirmação de um ethos de liberdade...
Como nunca antes, em tempos de digitalização e reinvenção da existência, ela é capaz de abalar consciências, fazer pensar e reinventar individualmente a simplicidade do mero cotidiano...
VIDA , DEVIR E MEMÓRIA
O silêncio
É a vida da reminiscência,
O falar dos outros
E lugares que nos habitam
No sem tempo do pensamento,
que, simplesmente,
A tatuagem que
Carregamos no devir do rosto...
Ele é a marca viva
Do passar do tempo
Que se define
Como biografia
E ausências
Que nos transformam
Na banalidade
Do calar permanente das coisas...
AVESSO
Vejo-a
Correndo na contramão do dia
Em desastrada rotina,
Em busca
De uma simples migalha
De liberdade e vento...
Em seus olhos
Brilham futuros
Que talvez não alcance
Mergulhada
Em seu profundo sonho
De rasas imensidões...
Correndo na contramão do dia
Em desastrada rotina,
Em busca
De uma simples migalha
De liberdade e vento...
Em seus olhos
Brilham futuros
Que talvez não alcance
Mergulhada
Em seu profundo sonho
De rasas imensidões...
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