segunda-feira, 30 de agosto de 2010

SMILE



Todos os dias
São fatalmente tristes.
Não importam os sorrisos
E alegrias que eventualmente
Decoram suas enfadonhas horas .

Já disse:
Todo dia é triste,
Um passo ébrio
Na direção
Do silêncio e do nada.

Tudo que nos resta
É aprender a conviver com isso
Vestindo de prazer sem sentido
Ou nome
O corpo de cada hora aberta
Em ato e pensamento
Com a simplicidade de um sorriso...

O VAZIO COMO ESSÊNCIA DO COTIDIANAMENTE VIVIDO


Todas as coisas que perdi na vida definiram mais o significado da  minha existência do que aquelas que conquistei...Pois no fundo, a soma de tudo aquilo que sou entre as coisas e os outros através do tempo, tem como essência o profundo sentimento de vazio e busca que nos inspira o irracional devir, esta estranha consciência que configura o acontecer do mundo além e através de mim...

FACE TO FACE



Sigo pela rua entre centenas de pessoas
Estranhas e familiares.
Mas não me sinto entre elas.

Se quer sei da rua
Que mecanicamente firo
Com os pés através de cada passo cego
Já escrito em minhas rotinas.

Confesso que,
Fosse mais forte o pensamento,
Apagaria com uma única idéia
O mundo da realidade,
 Construiria minha intima neverland
Com as ruínas e destroços
de sentimentos e emoções
perdidas...

domingo, 29 de agosto de 2010

alone

Não me reconheço
No rosto e nas frases
Que me definem
No cotidiano de viver
No fundo da  multidão.

Pois não sou entre os outros
Nada mais do que a farsa
Do meu eu escrito
No mecânico dizer das pessoas
Em volta.

Sei que realidade alguma
É mais perfeita  do que a de um pólen
De solidão e silêncio
Abandonado ao leu e ao tempo...

sábado, 28 de agosto de 2010

Stand By Me

BLACK TIME


Rasgado o tempo
Dos meus atos
Recordo os restos
Perdidos
De antigos sentimentos...
Deixo-me inerte e vazio
Em quebrados pensamentos
Que já não me sustentam
No nada da realidade
Onde a vida agora
 Quase não vive...

BAD LIFE



Tenho rabiscado a vida
A margem do ordinário
De existir,
Tenho Buscado o ponto
De encontro
Entre o absurdo
E o impulso
De ser no mais profundo
Abismo
Das vertigens do meu querer.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

CINEMA MUDO E EVASÃO PÓS MODERNA

A profunda teatralidade do cinema mudo, seu artificialismo radical definido pelo primado absoluto da imagem, ainda hoje é capaz de encantar,tocar sensibilidades, apesar do ultra realismo ao qual a estética cinematográfica contemporânea nos educou.
Quando nos deparamos com um filme mudo somos transportados ao presente de um virtual passado que se transforma em projeção onírica de nossas melhores apostas no luidico acontecer da mera e simples exisência...