Este Blog é destinado ao exercicio ludico de construção da minima moralia da individualidade humana; é expressão da individuação como meta e finalidade ontológica que se faz no dialogo entre o complexo outro que é o mundo e a multiplicidade de eus que nos define no micro cosmos de cada individualidade. Em poucas palavras, ele é um esforço de consciência e alma em movimento...entre o virtual, o real, o simbolo e o sonho.
Eros é um Daimon que nos conduz a auto superação através do outro
Em hermética artimanha da dialética entre o sentimento e o desejo...
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O amor é o comércio das sensibilidades e humores no máximo limite das sociabilidades humanas...
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Só podemos gostar de quem somos através da conquista da intimidade do outro como palco estranho de nossas sombrias e profundas fragilidades mais intimas...
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Quanto mais convincente a projeção amorosa, mais acreditamos nas ardilosas invenções de nosso próprio sentimento...
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Quando amamos somos persuadidos por Eros de que o outro guarda dentro de si, nossa felicidade para dissimular o fato de que ela não existe...
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Nunca se deve amar demasiadamente o que se tem... Pois, assim, jamais ousaremos novas conquistas...
Guardei um pouco de tempo no bolso para algum dia viver o pequeno tesouro de existir fora do mundo, de ser em um rasgo de sonho, caindo em qualquer intimo momento de indiscreta felicidade.
Talvez isso jamais aconteça, talvez eu jamais seja intensamente em uma nova infância, desvelando em mínimo e absurdo instante, qualquer tola emoção que vista de significado todo meu existir provisoriamente vivido...
A contemporaneidade pressupõe em seus tantos desapegos culturais, um desaprendizado das convenções, das artificiais certezas que até pouco tempo sustentavam nossas singulares e compartilhadas trajetórias de vida.
Ganha agora o primeiro plano a fluidez do devir biográfico através do irracional das afetividades desarticuladas, medos e desejos, que recodificam o existir humano, cada vez mais, como uma paradoxal alegoria de si mesma, um absoluto simulacro que inspira nossos vazios mais íntimos.
Por tudo isso, uma estética pós- moderna tem como uma de suas principais premissas a celebração do atomismo e do singular da individualidade humana, desnuda de qualquer projeto de sociedade o ideário social.
Cabe-lhe apenas deixar acontecer o efêmero, o imanente, em um vertiginoso caleidoscópio de imagens e experiências que não nos conduzem a qualquer outra coisa alem dos labirintos enterrados na alma de cada momento vivido
Originalmente lançado em 2003 nos USA, HEAVY METAL: A HISTÓRIA COMPLETA by Ian Christe, é mais do que um mero revival consagrado a experiência coletiva dos “metaleiros”.
Trata-se, antes de tudo, de uma peça de memória social que celebra o mais intenso e complexo gênero musical já derivado do bom e velho rock and roll.
Basta dizer que esta magnifica obra cobre um período que tem como marco de origem o lançamento do primeiro álbum do Black Sabbath, na sexta feira 13 de fevereiro de 1970, até o múltiplo e criativo cenário da cultura headbanger dos anos 2000; é bom lembrar, privilegiado palco do “renascimento” de Ozzy Osbourne como celebridade, da definitiva consagração do Metallica e do surgimento do estilo metalcore como expressão mais recente do autentico e cru metal que, contrariando certas previsões, continua vivo...
Christe fecha sua obra com um otimista balanço sobre as perspectivas do gênero neste sombrio inicio de século, onde o heavy metal esta longe de perder sua vitalidade e potencial crítico-cultural.
Em suas próprias palavras,
“Apesar de ainda estarem por vir os álbuns marcantes desta nova era, o heavy metal começa o novo século revitalizado por uma nova geração de devotos. Os primeiros headbangers chegam hoje aos cinqüenta anos, e a musica começa a gozar de um grau de respeito que anteriormente era inconstante. A cobertura do metal no grande circuito já não peca pelos estereótipos cansados de uma nota só em que os fãs são apenas adolescentes ignorantes. Enquanto os detalhes continuavam estranhos e misteriosos- e generalizações maldosas permaneciam sendo a norma-, a atual cobertura pelo menos minimamente vê a questão do metal com dignidade.
E, sobretudo, a longevidade da musica é sua própria condecoração. Sua resistência durante períodos de grande popularidade manteve-se viva e independente, e ataques de forças retrógadas em seu próprio território ou no exterior somente aumentarão sua força exterior. Seja no Iraque, Itália ou nos condomínios de New England, o heavy metal apresenta uma vida cultural em qualquer lugar que seja necessário. Canalizando a necessidade universal de gritar em grupos estáveis e ao mesmo tempo variados, o heavy metal encontrou sua essência e sobreviveu.
A partir de 2003, o termo “headbanger” até ganhou seu lugar no léxico inglês, apresentado e definido na décima primeira edição do dicionário Merriam-Webster’s Collegiate Dictionary como um substantivo surgido em 1979 que significa: “ um musico que toca rock pesado” ou “um fã de rock pesado”. Para todos os efeitos, o termo que ficou faltando- “heavy metal”- havia sido introduzido previamente e definido de maneira vaga como: “musica rock altamente amplificada e energética batida pesada”. Mesmo que definido sem precisão, o heavy metal continua misterioso e mais vivo do que nunca em sua busca por verdade em meio a uma tempestade de insensatez.”
( Christe Ian. Heavy Metal: a história completa; tradução de Milena Duarte e Augusto Zantoz- SP: Arx, Saraiva, 2010; p. 467-468)