A contemporaneidade pressupõe em seus tantos desapegos culturais, um desaprendizado das convenções, das artificiais certezas que até pouco tempo sustentavam nossas singulares e compartilhadas trajetórias de vida.
Ganha agora o primeiro plano a fluidez do devir biográfico através do irracional das afetividades desarticuladas, medos e desejos, que recodificam o existir humano, cada vez mais, como uma paradoxal alegoria de si mesma, um absoluto simulacro que inspira nossos vazios mais íntimos.
Por tudo isso, uma estética pós- moderna tem como uma de suas principais premissas a celebração do atomismo e do singular da individualidade humana, desnuda de qualquer projeto de sociedade o ideário social.
Cabe-lhe apenas deixar acontecer o efêmero, o imanente, em um vertiginoso caleidoscópio de imagens e experiências que não nos conduzem a qualquer outra coisa alem dos labirintos enterrados na alma de cada momento vivido
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