domingo, 25 de julho de 2010

The Beatles: the stories behind the songs” by Steve turner ,



Ouso afirmar sem qualquer pudor que “The Beatles: the stories behind the songs” by Steve turner , poeta britânico , foi definitivamente o melhor livro sobre Beatles que li até agora e que se converteu em uma referencia constante para  minha sensibilidade musical.
No prefácio que faz a sua magnífica obra, a qual dedico discaradamente um discurso apologético, o autor assim define sua proposta:
“O que tentei fazer  foi simplesmente contar a história de como cada canção surgiu. Pode ter sido uma inspiração musical, como tentar escrever ao estilo de Smokey Robinsson. Pode ter sido uma frase que ficou na cabeça, como “poos of sorow, waves of joy” , verso que compeliu John a escrever “Across the universe”.  Ou pode ter sido um incidente, como a morte do rapaz Tara Browne, da alta sociedade , que levou a composição de uma parte de “ A Day in The Life”.”
( Steve Turner. Prefácio in The Betles: A História por trás de todas as canções;tradução de  Alyne Azuma. SP: Cosac Naify, 2009; p. 6 )   
Esta idéia simples materializou-se em uma narrativa envolvente e fragmentada onde a história da maior banda de rock de todos os tempos, se me permitem a subjetividade, gradativamente vai se fazendo através da “micro-historia” de composição e significados de cada canção e álbum.
Em outro plano, trata-se aqui também da “historia” pessoal de nossas vivencias de cada canção no contexto de nossas lembranças e sentimentos.
Afinal, como observa o próprio autor:
“Quase quarenta anos depois dos Beatles terem parado de tocar juntos, suas canções ainda significam muito para nós. Para aqueles que cresceram com eles, são como antigos amigos que nunca cansamos de encontrar. Como iluminaram a nossa vida e talvez tenham até nos ajudado a despertar nossa curiosidade intelectual e espiritual, nossos sentimentos em relação a eles são sempre afetuosos. Descobrir de onde vieram nos ajuda a descobrir de onde nós mesmos viemos.”
( idem, p. 15)
Definitivamente   “The Beatles: the stories behind the songs”,   é uma obra que, embora distante das codificações de  tempo e memória dessacralizados inerentes ao discurso historiográfico, nos apresenta um modo de construir ou inventar a história onde, paradoxalmente, a objetividade do discurso é capaz de acordar afetividades e solidariedades em sua repercussão social. Esta é uma curiosa peculiaridade da Historia social do rock and rool...   

THE KING SUN



O sol decora o céu
Vestido de azul
Inspirando-me pensamentos
Enquanto cobre o mundo
Com as ilusões de calor e luz.

Agora é quase meio dia
E busco na paisagem de domingo
O consolo de Inércias e preguiças.

Mas nada é suficiente
Para calar meus íntimos demônios,
Minhas buscas e ansiedades,
Sobre o inerente acaso
Do fenômeno de minha mera
Respiração....

quinta-feira, 22 de julho de 2010

SOBRE INDIVIDUAÇÂO E SOCIABILIDADES


Quando estou entre os outros, torno-me de alguma forma,algo 
daquilo que todos  projetam em mim.


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Muitas pessoas não são dignas de serem vistas ou vividas apesar 
das etiquetas que inspiram a “boa sociedade”...


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A sociabilidade, em muitos casos, não passa de um monólogo coletivo...


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Conviver entre pessoas é o mesmo que preencher, o tempo todo, 
vazios de linguagem e significado...


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O uso pessoal de referências  coletivamente sugeridas, o tornar 
pessoal o socialmente condicionado, é um modo de apagar a si 
mesmo, tanto quanto uma estratégia de distinção social. Eis aqui 
o paradoxo do transpessoalmente vivido no espontâneo exercício 
de cada   indivídalidade, onde a igualdade se faz plural  e 
paradoxal singularidade...    

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Monty Python Legendado - velhinhas delinquentes (Gang of old ladies)

Monty Python - Legendado - World Forum Communist Quiz

Monty Python - It's The Arts - legendado

Monty Python SPAM legendas em portugues

NOTA SOBRE A INDIVIDUALIDADE E COLETIVIDADE


Quanto mais exploramos a obscura equação que nos  torna 
portadores de nossa própria singularidade, mais somos desafiados 
a lidar com o mundo como realidade vivida exteriormente e 
oposta/complementar a nossa espontânea imaginação de todas as 
coisas coletivamente vividas...
Tal antagonismo sustente a individuação da consciência  como um 
questionamento de nossas  irrefletidas mimeses...

segunda-feira, 19 de julho de 2010

NOTAS SOBRE O COTIDIANO E O VAZIO DOS DIAS



A realidade é uma coletânea de absurdos onde aprendemos a fantasia como regra cotidiana...
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A náusea sartreana, o vazio consumido em cada dia de rotina, nos conduz ao absurdo de nossa singularidade ambígua entre os outros...
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Viver é um principio que se impõe através do esforço de cada dia...
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Acreditar em qualquer coisa além do mais profundo sentimento de si mesmo é um modo de se desfazer na concretude do  mundo...
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A realidade é a arbitrariedade compartilhada do absurdo...
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Nada busco ou espero do labirinto de cada dia...
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Danificada, a existência se acomoda a coletiva ilusão de si mesma...   

domingo, 18 de julho de 2010

NIETZSCHE E A DOENÇA DA SOCIEDADE



 289-Importância da doença
“O homem que jaz doente na cama descobre por vezes que geralmente esta doente de seu emprego, de seu negócio ou de sua sociedade e que por meio deles perdeu todo conhecimento racional de si próprio: tira essa sabedoria do ócio, a que sua doença o obriga.”
F.  Nietzsche. Humano, demasiadamente humano.tradução de Antônio Carlos Braga; SP: Editora Escala ( coleção Grandes Obras do Pensamento Universal- 42)    

Toda doença é um insólito deslocamento involuntário do mundo vivido, um modo de REdescobrir a si mesmo nas inércias de personas no mais profundo acontecer do corpo e descoberta das gramáticas de si mesmo...
Em poucas palavras, estar doente é um modo de REINVENTAR a si mesmo, contra os lugares comuns do cotidiano socialmente inventado e  estabelecido pelo inferno de todos os outros organizados em sociedade ...